Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) aceitaram o reajuste escalonado de 62% com correção do piso salarial profissional nacional do magistério (PSNP), proposto pelo ex-prefeito Marcos Marcello Trad, após semanas de negociação. O piso salarial dos professores em Campo Grande ficou dois anos sem reajuste. A Lei nº 6.796/2022 foi sancionada pelo ex-prefeito Marcos Marcello Trad no dia 25 de março e estabelece um mínimo de 20 (vinte) horas semanais de trabalho.
O piso salarial dos professores da Reme está em R$2.117,7 e no final do ano de 2022, em R$2.572,94. O piso profissional do magistério no Brasil é de R$3.845,63, previsto nos pela Lei Federal nº 11.738/2008. De acordo com a Lei, este valor é estabelecido para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.
A professora da Rede Municipal de Ensino, Maisa Veiga afirma que participar das paralisações é um dever de todos os sindicalizados. ”Eu participei de quase todas as paralisações do sindicato, por uma questão de consciência de classe e de luta pelos meus direitos”. A professora disse que trabalha na Rede Estadual de Educação durante o período noturno e que por isso deixou de ir a algumas paralisações e manifestações que ocorreram neste turno.
Maisa Veiga destaca que a Secretaria Municipal de Educação deixa de ter autonomia sobre a dispensa dos professores, quando a classe é convocada pelo Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública porque é um direito do trabalhador. “Dizer que o órgão central permite ir, na verdade ele está apenas cumprindo com o que é posto como direito do trabalhador, em participar das reuniões do seu sindicato". A professora destaca que quando ocorria as paralisações, as horas eram repostas para completar a carga horária dos alunos no final do ano.