Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) se reuniram em assembleia para votar a data de uma greve geral, devido a perdas salariais por seis anos. A decisão da greve ocorreu no último dia 18 de maio durante reunião entre professores da UFMS e integrantes da Associação dos Docentes da UFMS (ADUFMS), que mantiveram a proposta da assembleia geral realizada no dia 24 de maio. A paralisação da UFMS ocorrerá de acordo com a mobilização nacional dos professores que reivindicam o reajuste salarial.
A greve faz parte de um movimento nacional, coordenado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) a favor do reajuste salarial durante o atual Governo. O último reajuste aconteceu em 2017 com 7,64%, que representa incremento de 1,35% acima da inflação acumulada em 2016 de 6,29%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O intuito da paralisação é pressionar a decisão do Governo Federal, antes do dia 1° de julho, data que o Governo pode conceder reajuste salarial.
O presidente da ADUFMS e professor do curso de Engenharia da Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marco Aurélio Stefanis explica que o reajuste de 19,99% corresponde a inflação de janeiro de 2019 até janeiro de 2022. "As pautas de reinvidicações correspondem ao governo do atual presidente. Esse é o primeiro ponto da pauta, existe outro ponto, que é o movimento contra a PEC da reforma administrativa, a estrutura do serviço público que conta com o fim da estabilidade e aponta para o cargos de assessoramento indicados para os políticos". Stefanis ressalta que o corte de verba para a educação e o funcionamento das universidades do ano passado até este ano, mais de dois bilhões de reais de perdas de verbas para a educação pública.