TRÂNSITO

Semana Nacional do Trânsito prioriza pedestres

A peça teatral “Romeu e Julieta na era do Trânsito” atraiu o público infantil e foi um dos destaques da programação

Juliana Peruchi Marra e Maitê Campos30/09/2014 - 10h38
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O 17º Batalhão Polícia Militar de Mato Grosso do Sul divulgou boletim da Semana Nacional de Trânsito, que mostra uma redução de cerca de 20% do número de acidentes, comparado com o ano de 2013, o saldo foi considerado positivo.  O tema da Semana foi “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre”. Ela aconteceu em todo o Brasil entre dias 18 e 25 de setembro. Em Campo Grande a Semana foi organizada pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Agetran, que preparou ações e palestras educativas, peça teatral, blitz e doação de sangue.

A chefe da divisão de educação para o trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, destacou a importância da Semana para a população, “a sociedade quando é envolta por campanhas educativas, ela se sente acolhida. É um reforço positivo pra quem já faz o correto e, para quem não faz, pra pelo menos perceber que é cidadão que precisa modificar a sua postura”.

Para o policial rodoviário, Regis Carvalho, o evento tem como objetivo a mudança de conduta e a segurança. “O objetivo é para que as pessoas mudem a atitude. Nós notamos que na parte da educação a maioria sabe o que tem que fazer, mas simplesmente por questões culturais, não fazem. A luta é para que a pessoa tenha uma conduta segura, pensar sempre em segurança. É um pouco de neura? Não, é você preservar a sua vida e de outras pessoas”.

A maior parte da programação foi de atividades voltadas para o público infantil e juvenil, com ações em escolas e shoppings da cidade. Ivanise Rotta explica que a educação deste público é importante, pois quando ele for um condutor vai saber o que é certo. “Nós vamos nas escolas com abordagens, palestras, teatros, justamente para que esse cidadão saiba se comportar hoje, enquanto pedestre, ciclista e passageiro e se ele decidir ser condutor futuramente provavelmente ele vai conseguir também respeitar as regras”.

O policial Carvalho acredita que a educação das crianças é uma forma de atingir os pais, “nós temos que educar as crianças, porque a criança começa a cobrar do pai. É importante a criança saber o que já é uma conduta errada e assim ela fica corrigindo o pai. A gente quer que a criança já tenha essa noção para mudar a geração futura”.

Ivanise Rotta alerta que o papel de educador e exemplo no trânsito é dos pais, “a ação com as crianças pode ser apelativa para atingir os pais, mas não deve. Porque a criança não é infratora, o problema são os pais que levam essas crianças dentro dos seus carros soltas sem a preocupação de proteger a criança. O problema realmente são os adultos, e criança não tem que educar adulto, então o adulto tem que se perceber enquanto é exemplo para essas crianças, para que a gente não tenha adolescentes e adultos como essa geração que erra muito no trânsito”.

O grupo teatral Chicomaria Produções Culturais tem uma parceira com a Agetran e apresenta peças teatrais nas escolas de Campo Grande durante todo o ano. Durante a Semana o grupo encenou a peça “Romeu e Julieta na era do Trânsito”.

O ator Bruno Moser destaca que é necessária a educação das crianças. “Com a quantidade de carro que aumenta tem gente e criança morrendo, então temos que fazer alguma coisa com relação a isso, não da mais para fechar o olho. É uma questão extremamente de educação e temos que plantar a semente nas crianças.A gente tem percebido bastante retorno delas ao tema e à peça, e poder ter essa interação que só o teatro faz”.

Bruno Moser acredita que o teatro contribui para os professores educarem os estudantes sobre o trânsito. “Nosso papel é importante, porque a partir das apresentações o teatro trás ferramentas pra gente discutir os assuntos e ele como uma ferramenta educativa eu acho super importante. É claro, educação é construir hábitos saudáveis, então para criar um hábito você precisa fazer isso diariamente. A gente espera que saindo dali os professores tenham algum tipo de gancho e possam reforçar mais um ponto de visto dentro dessa educação do trânsito”.

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