A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) teve o segundo maior corte orçamentário entre as universidades federais do Brasil com o bloqueio de R$ 80,4 milhões em recursos não obrigatórios, além de investimentos do governo. A informação foi públicada na página da internet da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), após o anúncio do bloqueio de 30% dos recursos das universidades federais feito pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub no final de abril. Ao todo, foram suspensos R$ 1,7 bilhão destinados às instituições públicas de ensino superior do país.
De acordo com a nota oficial publicada pelo assessor de comunicação do Ministério da Educação (MEC), Josué Custódio a medida foi anunciada porque a arrecadação de impostos foi menor que o previsto nos primeiros meses do ano. Segundo dados do Painel de Cortes realizado pela Andifes, na UFMS são mais de 23 mil alunos prejudicados nas 11 unidades do estado, são 116 cursos de graduação e 61 cursos de pós-graduação na Capital, com 910 projetos científicos.
Conforme a secretária Especial de Comunicação Social e Científica da UFMS, Rose Pinheiro o orçamento das universidades é aprovado um ano antes de entrar em vigor pela Lei Orçamentária Anual (LOA), o orçamento de 2019 foi aprovado em 2018. "O Mec bloqueou 30% do orçamento de custeio e investimentos da Universidade. O custeio são recursos destinados ao funcionamento da instituição, como ar-condicionado, luz, água, esgoto, materiais de escritório, materiais de insumos para pesquisa e afins. Todo este material é custeio e tudo isso impacta no funcionamento da universidade". Segundo a secretária, a Universidade implantou medidas de economia para conter os efeitos do contingenciamento, como por exemplo, redução da quantidade de impressões.