O Estádio Pedro Pedrossian foi interditado pelo Ministério Publico Estadual, MPE/MS no dia 15 de setembro, com base nas vistorias e laudo feitos por engenheiros do Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução, Deax/MS. Foram constatadas irregularidades estruturais, sanitárias e de segurança no estádio, o que impede a realização de eventos esportivos no local até regularização total.
Em fevereiro deste ano, durante partida do Campeonato Estadual entre Novoperário e Costa Rica, a Policia Militar apontou, por meio de um relatório encaminhado ao MPE/MS, irregularidades no Estádio. Com base neste relatório, o promotor de Justiça de Direitos do Consumidor, Antônio André David Medeiros, instaurou o inquérito civil para analisar o caso.
O relatório apontou problemas estruturais na marquise que cobre as cadeiras e parte da arquibancada do estádio, com infiltrações e vencimento da manta de impermeabilização neste ano. A vistoria foi feita pelos engenheiros do Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução, Deax/MS, Thiago de Souza da Silva e Geisa Jacob Gomes de Almeida, no mês de agosto.
Gráfico: Juliana Barros
O coordenador de Operações e Atendimento da Comunidade da Pró-Reitoria de Infraestrutura, Proinfa, João Jair Sartonelo explica que o problema da marquise será encaminhado aos setores competentes, “estamos encaminhando para se fazer a análise da estrutura e posteriormente a pintura que eles querem na parte de baixo. São pequenas coisas que vão ser sanadas rapidamente, mas não existe um prazo para serem concluídas”.
O relatório aponta também rachaduras no estádio, “inicialmente essas rachaduras não oferecem riscos aos utilizadores, porém com o tempo, se nada for feito para evitar o avanço da oxidação da ferragem a estrutura irá perder gradativamente sua resistência e pode até ir à ruína”.
Ainda conforme o relatório "nos banheiros faltam algumas pias, os pisos apresentavam remendos e manchas, e os azulejos e louças manchas, as válvulas de descarga dos vasos sanitários e mictórios estavam funcionando". De acordo com a portaria nº 124 do Ministério do Esporte a quantidade necessária de sanitários no estádio é de um vaso sanitário para cada 500 pessoas.
O relatório aponta que o estádio possui partes estruturais soltas e mal instaladas que podem causar risco aos torcedores, a grelha de ferro mal encaixada na entrada da escada que dá acesso às arquibancadas também pode causar acidentes. Os engenheiros constataram que a guia de abertura dos portões pode ser facilmente removida, “em caso de conflito de torcedores pode ser arrancada e vir a ser utilizada como arma”.
João Jair Sartonelo explica que o Morenão passa por uma manutenção constante “nunca houve reforma estrutural, desde a inauguração foi colocada uma manta asfáltica na parte superior da marquise que até então apresentava infiltrações, existem manutenções na parte elétrica e hidráulica, nos vestiários foram colocados pisos emborrachados, e a pintura que nós fazemos todos os anos, é uma forma de manter o estádio”.