ESPORTE

Parque Ayrton Senna terá a primeira piscina olímpica pública de Mato Grosso do Sul

O projeto segue um padrão olímpico de piscina internacional de 50 metros e arquibancada com capacidade de mil pessoas

Alicia Miyashiro, Natália Pereira e Vinicius Reis23/09/2021 - 22h37
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Os profissionais de natação de Mato Grosso do Sul terão, a partir de 2022, a primeira piscina olímpica pública, que será construida no Parque Ayrton Senna em Campo Grande. O projeto foi apresentado em março deste ano ao governador Reinaldo Azambuja, e ao prefeito Marcos Trad pela arquiteta da empresa Ilume Arquitetura, Izabella Mercante. O projeto tem cobertura, arquibancada para mais de mil pessoas, todos os padrões de acessibilidade, banheiros e vestiários. 

A estrutura da piscina olímpica será de padrão internacional e atenderá atletas da Capital que buscam desenvolver alto rendimento na natação. A  piscina é a mesma utilizada pelos atletas nas competições das Olimpíadas no Rio de Janeiro e fará parte do Complexo Aquático do Parque Ayrton Senna, que tem três piscinas em manutenção. O prefeito Marcos Trad apresentou o projeto ao público durante o evento em comemoração aos 122 anos de Campo Grande, os investimentos previstos R$10,5 milhões, com R$6,5 milhões de verba do Governo Federal, R$3,2 milhões do Governo do Estado  e R$745 mil da Prefeitura Municipal de Campo Grande que ficará sob responsabilidade de execução da obra.

O secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese afirma que o edital da construção da piscina olímpica está previsto para ser publicado até o final do mês de setembro. Todas as medidas de biossegurança previstas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão adotadas durante a obra. “A piscina será executada em concreto armado e seguirá todas as medidas contra a contaminação da covid-19, os parâmetros que geralmente as competições nacionais e internacionais exigem, também serão seguidos”.

A arquiteta responsável pela construção da nova piscina, Izabella Mercante explica que o projeto foi criado a partir da necessidade de um complexo olímpico. “A ideia da piscina ser no parque Ayrton Senna, surgiu porque ele já tem estrutura de uma outra piscina que pode dar um suporte nesta nova estrutura. Toda a infraestrutura foi criada a partir das normas da Federação Internacional de Natação para que a piscina possa ser homologada para competições nacionais e internacionais”.

De acordo com Izabella Mercante, o projeto surgiu de membros da comissão técnica de esportes aquáticos do Estado. “Este grupo concebeu o projeto para atender toda a comunidade campo grandense, para isso, a Federação de Desporto Aquático me encaminhou ao Rio de Janeiro onde pude conhecer a Maria Lenk que foi quem nos deu toda a base para que pudéssemos desenvolver o projeto arquitetônico que apresentamos”.

O presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Marcelo Miranda explica que a piscina olímpica permitirá uma melhor preparação de atletas de natação para competições nacionais e internacionais. “É um momento muito importante para a natação de Mato Grosso do Sul, nossa natação é uma referência nacional. Já temos um trabalho muito bom e com a construção da piscina, a natação do Estado terá melhores resultados. A adaptação para as provas será mais fácil”.

Primeira Notícia · Marcelo Miranda fala sobre a importância da piscina olímpica para os atletas do Estado
 

O atleta de natação, João Victor Pena diz que a construção de uma piscina olímpica oficial na Capital é uma motivação para novos e atuais atletas treinarem profissionalmente. “Nosso estado é muito precário para a natação, falta visibilidade e estrutura. A piscina anima muito os atletas, atrai competições, é um benefício total porque temos que ir pra fora quando queremos competir, ou até mesmo para treinar em uma piscina de 50 metros precisamos ir para fora. Serão grandes os benefícios”.

De acordo com Pena, faltam estruturas para a prática esportiva nas piscinas de competições de Campo Grande. “A única piscina que tem estrutura mais ou menos, é a semi olímpica do rádio clube, a da Funlec falta o aquecimento e o espaço para arquibancadas é pequeno. Então todos os incentivos desta nova estrutura serão positivos, deixaremos de nada em uma piscina pequena com estrutura ruim, para treinar em uma piscina olímpica e desenvolver uma melhor performance”.

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