A primeira etapa do cronograma de obras estruturais do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, o Morenão, tem previsão para ser finalizada até início de novembro. O projeto de revitalização firmado entre Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), e aprovado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), prevê reformas estruturais do Estádio. A conclusão está prevista para o início do Campeonato Sul-mato-grossense de 2020. O projeto feito pela Agesul junto à Universidade possui investimento de aproximadamente R$ 4 milhões.
A infraestrutura atual do Morenão, inaugurado em 1971, é incapaz de oferecer segurança básica, principalmente pelas arquibancadas deterioradas. A reforma será dividida em etapas, na primeira haverá uma revitalização a curto prazo. A jornalista da Subsecretaria de Comunicação do Estado (Subcom), Katiuscia Fernandes relata que na segunda etapa o Estádio será transformado em uma arena, com o objetivo de sediar jogos nacionais e internacionais e outros eventos, como shows. Após ajustes estruturais até 2020, a proposta será enviada à UFMS para reestruturar o local.
O pró-reitor de Infraestrutura e Administração (Proadi) da UFMS, Augusto Portella explica que inicialmente as obras no Morenão ocorrem nos setores hidráulico, elétrico e de acessibilidade. "O projeto inicial foi elaborado por engenheiros da Agesul, e com os recursos cedidos pelo Governo do Estado. Deve ser finalizado entre a última semana de outubro e a primeira semana de novembro".
Portella ressalta que o Governo do Estado é responsável por licitar e executar o projeto, e deve realizar o pagamento das obras de revitalização sem repasse de verba à UFMS. “Mesmo que consiga ter dinheiro, precisa-se do orçamento, e isso o Governo [Federal] contingenciou. Diante desta dificuldade contábil, o Governo não repassará recursos, mas arcará com as despesas pelo menos desta fase inicial do projeto, visando abrigar os jogos já em 2020”.
O pró-reitor explica que mudanças e adaptações são necessárias para o Estádio, que apresenta falhas na segurança e acessibilidade. “No entorno do campo, nós temos que colocar guarda-corpo, exigências do Corpo de Bombeiros. Trabalharemos com um placar eletrônico e, em uma fase seguinte, a ideia é que se instale cadeiras na área descoberta”.
Portella afirma que melhorias básicas serão realizadas na infraestrutura e até o momento nenhum projeto que permita ao Estádio receber partidas nacionais e internacionais pode ser feito. “O Governo do Estado é um parceiro e tanto nesse sentido. É responsável por fazer o movimento orçamentário-financeiro do projeto. Precisamos de alguns milhões para deixar o Estádio novinho e, de repente, podemos, se conseguirmos apenas parte deste valor”.
O entorno do Estádio está em processo de revitalização. Portella relata que a Universidade tem dificuldades em administrar o Morenão devido ao tamanho e complexidade da estrutura. Ele acredita que o espaço deve se tornar laboratório para os acadêmicos do curso de Educação Física da UFMS com as melhorias. “Assim como temos o laboratório de Química, Física, os alunos de Educação Física também têm, que é o Estádio”.