JORNALISMO

Simpósio reforça a importância do rádio no Brasil

Veículo está presente em 61% dos lares brasileiros

Brenda Cirino e Rosália Prata20/10/2014 - 15h28
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O jornalista e professor Clayton Sales, que integrou a primeira equipe de radialistas da rádio 104 FM, afirmou, durante o 2º Simpósio Brasileiro de Radiojornalismo, que o rádio é cada vez menos ouvido no Brasil. No evento, Sales ministrou a palestra “Programação musical e produção em rádio”, na qual falou sobre o papel do veículo na difusão musical.

Na oficina o jornalista contou como foi a chegada do rádio no Brasil na década de 1920, e explicou que o objetivo do rádio era alfabetizar a população e, ao mesmo tempo, levar um pouco de música clássica para as pessoas. O jornalista traçou um breve panorama da trajetória do meio de comunicação, e explicou que na década de 1940 o rádio passou a ter uma maior efetividade devido aos programas de auditório e shows de calouros, que revelaram diversos artistas brasileiros.

De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2014, o rádio ainda é um dos meios de comunicação mais presente na vida das pessoas e é encontrado em 61% dos lares. Ele é responsável pela difusão de entretenimento e informação para grande parte da população, e atua como instrumento de disseminação de notícias, prestação de serviços, entretenimento, informações, cultura, educação e publicidade. Segundo Sales, com o advento da Frequência Modulada (FM), em 1970, as gravadoras se apropriaram das rádios. “Era um caminho para desaguar seus produtos, o que tornou a programação mais musical e menos informativa”.

Durante o Simpósio, realizado nos dias 16 e 17 de outubro na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o jornalista também comentou sua participação no projeto Conexão Brasil, que consiste na apresentação dos artistas em rádios públicas do país por meio de pequenos programas produzidos pelas emissoras de seus Estados. O projeto divulga a trajetória e uma música de cada artista.

No fim da conferência, o professor ressaltou que o rádio e a indústria fonográfica tem uma relação íntima. “A música não vai se desprender do rádio, nem o rádio vai se desprender da música, essas duas formas de manifestação vão continuar a ser muito importantes e lucrativas uma para outra. Mas, acima do lucro, o rádio vai continuar a ser extremante influente na nossa cultura de massa”.

A estudante do quarto semestre de jornalismo da UFMS, Caroline Carvalho participou do Simpósio e explicou o motivo de ter escolhido a oficina de “Programação musical e produção em rádio”.

O membro da comissão organizadora do evento, Lairtes Chaves Rodrigues Filho informou que a próxima edição do Simpósio acontecerá na Universidade Estadual Paulista (Câmpus de Bauru), em 2016.

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