O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) por meio da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (Incab) divulgou um levantamento que contabilizou 289 atropelamentos de animais silvestres na rodovia MS-040. O monitoramento ocorreu entre fevereiro e julho de 2018 e registrou mortes de animais que estão em risco de extinção, dentre eles tamanduás-bandeiras com o quarto maior número de mortes. Os atropelamentos impactam negativamente na fauna e, de acordo com publicação realizada pelo IPÊ, causam danos ambientais.
O IPÊ é uma organização não governamental que promove a educação ambiental por meio de estudos e pesquisas. O Incab é um programa desenvolvido no Instituto para Preservação da anta-brasileira, com foco em Mato Grosso Sul. Em reunião realizada em fevereiro deste ano, pesquisadores do Incab e Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) discutiram meios de minimizar impactos ambientais dos atropelamentos de animais. Em agosto, o portal do IPÊ divulgou em publicação o monitoramento e do total de 289 animais mortos, 209 eram mamíferos, 68 aves, 11 répteis e um anfíbio.
O professor e doutor em Zoologia, Marcelo Oscar Bordignon afirma que esses atropelamentos constituem formas de impacto na fauna, principalmente quando atingem espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a anta. Em casos de animais de médio e grande porte, geralmente os atropelamentos ocorrem por caminhões ou carretas. “Geralmente, o atropelamento, quando não ocorre vítima humana, é feito pelos caminhões, porque não se encontra no local do acidente pedaços de carro. Então, possivelmente, foi um veículo de grande porte que bateu em um animal desse”. Segundo o professor, alguns animais são mais afetados pelos atropelamentos por aspectos biológicos como visão e agilidade do animal.