O ranking do saneamento básico feito pelo Instituto Trata Brasil aponta que Campo Grande fornece água tratada e encanada a 98,48% da população do município e é a capital que menos desperdiça água potável durante distribuição. De acordo com os dados do Instituto, 19,38% da água distribuída é desperdiçada durante o sistema de distribuição. Campo Grande também está na sexta posição entre as capitais brasileiras presentes nos rankings de “atendimento total de água” e “atendimento total de esgoto”.
O sistema de distribuição deve levar a água encanada dentro das condições sanitárias exigidas até os pontos de consumo. Cerca de 80,60% das residências e comércios de Campo Grande possuem tratamento de esgoto. O Centro-Oeste é a região do Brasil que menos desperdiça água potável no sistema de distribuição, cerca de 34,14%.
De acordo com o engenheiro sanitarista Aroldo Ferreira Galvão todos os processos necessários para enviar água de qualidade à população faz parte do saneamento básico, pois garantem melhor condição de vida a população e auxiliam o meio ambiente. “A água e esgoto tratado é essencial para que haja uma sociedade saudável, equilibrada e com uma expectativa de vida melhor”.
Galvão explica que a água contém diversos componentes que provêm do ambiente natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas e por isso existem parâmetros para identificar a condição da água. “A qualidade da água no Brasil é medida com base em uma portaria do Ministério da Saúde que estabelece os padrões da água, seja físico, químico ou bacteriológico. Essa portaria existe e é renovada constantemente para estar em conformidade com as normas que existem, pois causa um impacto importante para a saúde”.
O engenheiro ambiental e coordenador de operação da Águas Guariroba, Ronaldo Batista ressalta que os investimentos no saneamento básico da capital representam melhorias diretas para a saúde da população. “Quando você investe um real na parte de saneamento básico, na água potável e esgoto, é como se investíssemos R$ 4 na saúde da população, evitamos doenças e os índices de contaminação caem”.