Área de 10 mil metros quadrados de vegetação do Parque dos Poderes é desmatada para ampliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) em Campo Grande. A ação foi autorizada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), e é realizada desde o dia 12 de outubro em mata preservada. A região do desmate está localizada na esquina da avenida Desembargador Neto do Carmo com a avenida Fadel Tajher Iunes, no bairro Jardim Veraneio.
Segundo o diretor da Secretaria de Comunicação do TJMS, Carlos Kuntzel o espaço desmatado é uma das áreas passíveis de supressão vegetal dentro do Parque, definido pelo Programa de Preservação, Proteção e Recuperação Ambiental, e está amparado pela Lei nº 5.237 que criou o Complexo dos Poderes. Para o engenheiro ambiental Rafael Brandão, as áreas verdes são essenciais em todos os lugares, principalmente nos grandes centros urbanos devido à concentração de veículos e indústrias. “O grande benéfico das áreas verdes é a purificação do ar, retendo os gases mais tóxicos. Essas áreas também ajudam na diminuição da temperatura daquela microrregião".
O diretor da Secretaria de Comunicação do TJMS informou ainda que foi realizado estudos de impacto ambiental para uso da área próxima à sede no Parque dos Poderes, e garante a compensação pela retirada de espécies da mata protegida, como o Cumbaru. "Não se trata de simples desmatamento e sim de um procedimento regular devidamente autorizado pelo órgão competente de meio ambiente e amparado na Lei n° 5237 de 17 de Julho de 2018, que criou o Complexo dos Poderes e estabeleceu o Programa de Preservação, Proteção e Recuperação Ambiental das áreas que abrangem o Parque Estadual do Prosa, o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes, e dentre outras providências, definiu as únicas áreas passíveis de supressão vegetal dentro do complexo do Parque, sendo a área em questão uma delas".