O Tiktok tem a proposta de produzir e assistir vídeos curtos, a plataforma tem mais de 1,5 bilhão de downloads em todo o mundo. O aplicativo começou de forma tímida e ganhou notoriedade do público jovem gradativamente, mas não somente, pois pessoas de todas as idades migraram para a plataforma e transformou a maneira como consumimos conteúdo nas plataformas digitais.
Outro fator muito importante que chama a atenção dos criadores de conteúdo é a monetização dos vídeos publicados. Será que é possível viver apenas da produção de conteúdo no TikTok? Muitos usuarios estão apostando todas as fichas no "programa criativo TikTok beta”, que é focado em fomentar a comunidade criativa, voltado para criadores que postam vídeos com mais de 1 minuto, desta forma, vídeos com boa qualidade são remunerados em dólar.
Todo esse sucesso é uma ameaça para outras plataformas, o Facebook, por exemplo, lançou um aplicativo chamado Lasso para competir com o TikTok, mas a adesão não chegou nem perto do público fiel do aplicativo chinês. No TikTok o conteúdo é diverso e é possível se conectar com outras pessoas. Antes era visto apenas como um espaço para entretenimento e ‘fazer dancinhas’, hoje a plataforma conquistou o meio empresarial que encontrou um novo formato para divulgar conteúdo e conquistar um novo público.
As empresas de comunicação também não ficaram de fora, a Folha de São Paulo, The New York Times, Jornal O Globo, El Mundo, El País são alguns dos perfis que fazem sucesso na plataforma e distribui informação de uma maneira rápida e acessível no meio das dancinhas e "arrume-se comigo" que enchem o feed dos usuários.
Para aqueles internautas que, assim como eu, acham a psicologia difícil, a psicóloga Melise Neves utiliza a plataforma para publicar vídeos curtos e com uma linguagem simples para explicar sobre a psicanálise, o perfil da psicóloga tem mais de 440 mil curtidas. O conteúdo que mais me apetece é o culinário, a Janyele Oliveira é cozinheira e se intitula como a “louca do pimentão e do chimichurri”. Com receitas diferentes todos os dias, a cozinheira acumula mais de 1,5 milhões de seguidores e pouco mais de 29 milhões de curtidas.
Vejo o TikTok como uma rede social promissora, estou há três anos publicando vídeos diariamente e a conexão entre criador e expectador é incrível, tenho 261 mil seguidores na plataforma e desses, 70% são daqui do Mato Grosso do Sul, dando possibilidade de estar em contato diariamente com quem me segue, o aplicativo da liberdade de criar e ser quem você quiser, a abordagem que uso no TikTok é simples, o meu bordão foi o ponto chave, "oi, meu nome é Glória mas eu ainda estou vivendo os dias de luta", quando encontro seguidores nas ruas eles fazem questão de dizer que também estão vivendo dias de luta, outro ponto positivo da plataforma é a forma como você conduz sua produção, meu perfil, por exemplo, tem um pouco de tudo, rotina, receitas, indicação de restaurante e por ai vai.
Para começar no TikTok você precisa de um celular com internet, enquanto no Instagram é necessário ter um microfone lapela, tripé ou estabilizador e a possibilidade do vídeo não performar bem é enorme, enquanto no TikTok vídeos instantâneos com produção simples pegam milhões de visualizações.
Como criadora de conteúdo posso afirmar que nem tudo são flores, como toda plataforma virtual, há preocupações em relação à privacidade e segurança de dados. É importante entender os riscos e proteger informações pessoais, uma das coisas que mais me incomodam no TikTok é a forma como as pessoas cancelam umas às outras, é necessário ter estômago e sangue frio para poder lidar com haters e pessoas com opiniões diferentes da sua que destilam ódio sem pudor.