O segundo turno das eleições municipais em Campo Grande, realizado no dia 27 de outubro, registrou uma taxa de abstenção de 28,5%, com 184.812 eleitores ausentes. O primeiro turno teve 12,5% do total dos ausentes que justificaram a abstenção em Campo Grande. As ausências neste ano ultrapassaram o número registrado nas eleições de 2020, ano de pandemia da Covid-19.
O total de eleitores aptos a votar na capital é de 646.198, compareceram às urnas 461.386. As ausências no segundo turno foi superior ao número registrado no primeiro turno, que teve 164.799 abstenções. A quantidade de eleitores ausentes no primeiro turno superou o total de votos de Adriane Lopes (PP), que obteve 140.913 votos, 31,67% dos votos válidos, e Rose Modesto (União Brasil) que recebeu 131.525 votos, 29,56% dos votos válidos.
O professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e cientista político, Daniel Miranda afirmou que a taxa de abstenção em Campo Grande foi maior do que a média apresentada nas outras capitais do país. Miranda explica que o voto está "se tornando cada vez menos obrigatório na cabeça da população, o que prejudica o verdadeiro cumprimento da democracia". O professor afirma que a abstenção é representada pela camada mais jovem, baixa renda e baixa escolaridade, com "menor capacidade de se mobilizar".