Cartórios eleitorais de Campo Grande entregam nesta semana as urnas eletrônicas aos presidentes de seção eleitoral. Os voluntários e convocados levam os dispositivos para casa e são responsáveis por guardar, proteger e transportar as urnas para os locais de votação. As urnas eletrônicas só podem ser utilizadas a partir das seis horas do dia 27 de outubro.
Presidentes de seções eleitorais também recebem outros materiais necessários para a votação, como a lista de eleitores da seção, a lista de candidatos e a cabine de votação. Os servidores da Justiça Eleitoral, responsáveis pela entrega, testam a urna eletrônica na presença dos presidente da seção eleitoral. O teste garante que o dispositivo funciona corretamente e é destinado àquela seção eleitoral específica.
A chefe de cartório da 36ª Zona Eleitoral, Edilva Escobar explica que a urna só começa a funcionar uma hora antes do início da votação e que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é alertado caso alguém tente usar o dispositivo previamente. "O presidente de seção vai ter que ligar a urna às seis da manhã para emitir a zerésima, comprovando que naquela urna não tem nenhum voto". Fiscais dos partidos políticos, outros mesários e eleitores têm direito a acompanhar este processo.
Edilva Escobar destaca que a entrega das urnas é uma oportunidade para orientar todos os presidentes de seção eleitoral. O presidente é a maior autoridade do local de votação e deve coordenar uma equipe composta por dois mesários e um secretário. Edilva Escobar explica que Campo Grande tem 2.278 seções eleitorais e "sem a participação dos mesários não conseguiríamos fazer uma eleição"
O engenheiro Ambiental Reinan Bispo Sobral é presidente da 585ª seção eleitoral de Campo Grande e coletou a urna eletrônica no Fórum Eleitoral de Campo Grande. "A gente contribui e participa do processo democrático do país, que são as eleições. É um papel muito nobre, me sinto integrado nesse ambiente que é a eleição em um país inteiro". Sobral trabalha nas eleições desde o seu primeiro voto, em 2004, e afirma que "o trabalho é gratificante".
O mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) , Mário Araújo Carvalho afirma que "as urnas eletrônicas são completamente verificáveis, sendo possível verificar se há alguma alteração". Carvalho participou do Teste Público de Segurança da Urna promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 e 2024. "É um evento aberto ao público, são 16 equipes que passam três dias testando tudo. Por exemplo, se eu quiser abrir a urna, eles abrem".