Os bancos de leite humano de Campo Grande apresentam déficit no estoque no mês de agosto. A baixa taxa de doações resulta em uma diminuição do suprimento de leite, o que compromete a recuperação dos bebês prematuros. A ausência de disponibilidade do leite humano é recorrente nesta época do ano em todas as maternidades da capital.
As maternidades de Campo Grande tiveram uma queda dos estoques de leite humano no Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre o aleitamento materno. A escassez reflete na capacidade de suprir os recém-nascidos prematuros que necessitam de leite materno. A criança deve receber somente leite humano até os seis meses de idade, por possuir nutrientes e proteínas em sua composição, responsáveis pelo funcionamento do sistema imunológico dos recém-nascidos.
Segundo informações publicadas no Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos do Ministério da Saúde, a falta do leite materno antes dos seis meses prejudica a absorção de nutrientes vitais. A nutricionista da Santa Casa, Gislene Nantes Nogueira explica que os bancos de leite proporcionam orientação e apoio para a amamentação, assim como coletar, processar, armazenar e distribuir leite humano a recém-nascidos prematuros e de baixo peso. “Não tem nada que substitua, então o leite materno é de extrema importância. Por isso que a gente luta tanto pra ter sempre um estoque bom no banco de leite, para salvar a vida desses bebês”.