COVID-19

Campo Grande é pioneira na aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Idosos e pessoas com alto grau de imunossupressão compõe o público-alvo e devem se atentar aos critérios estabelecidos para receber o reforço

Alicce Rodrigues, Ana Klara Tortoza, Feyth Jaques, Waldir Rosa20/09/2021 - 09h11
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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) aplicou mais de 35 mil doses do reforço vacinal contra a Covid-19 em idosos e imunossuprimidos. O início da aplicação da terceira dose foi no dia 26 de agosto em pessoas com mais de 60 anos que moram em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Conforme o calendário, atualizado diariamente pela Sesau no Vacinômetro, a dose de reforço é destinada aos idosos acima de 63 anos que tomaram a segunda dose há pelo menos quatro meses, e às pessoas com alto grau de imunossupressão de 18 anos ou mais imunizadas com as duas doses há pelo menos 28 dias.

Os moradores da Instituição São João Bosco foram as primeiras pessoas a receberem a imunização de reforço. A aplicação de doses extras na Capital priorizou o público idoso, considerado o principal grupo vulnerável desde o início da pandemia, e após uma semana incluiu os imunossuprimidos graves. Inicialmente, o Ministério da Saúde detalhou que o reforço contra a Covid-19 seria feito no Brasil em idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas a partir de setembro. A Sesau antecipou a aplicação da terceira dose para o mês de agosto e a capital foi uma das pioneiras do país na aplicação. 

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo o município segue a recomendação do Ministério da Saúde de vacinar idosos e imunossuprimidos graves com uma dose do imunizante Pfizer. O número de doses de vacinas aplicadas no município totalizam 1.173.752, de acordo com dados da Transparência  Covid, disponibilizada pela prefeitura de Campo Grande. De acordo com o panorâma populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 10% da população do município são pessoas acima de 60 anos, o que representa mais de 80 mil idosos.

A biomédica e técnica de enfermagem da Sesau, Gisele Garcia faz um apelo à mídia para que informem da maneira mais clara possível sobre o calendário da terceira dose. “Muitas pessoas idosas já foram expostas ao procurarem as unidades de saúde em dias errados e não receberam a dose. Existem diversos critérios para o reforço, e algumas dessas pessoas olham só a idade e vem até nós, muitas só não entendem mesmo e correm risco de exposição em vão.”

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A aposentada Terezinha de Jesus tem 73 anos e foi contaminada pela Covid-19. Ela compõe o número de recuperados e convive com as sequelas deixadas pelo vírus. "Eu peguei a Covid em fevereiro deste ano, ainda não estavam vacinando no Brasil, porque o governo recusou vacinas. Fiquei uma semana internada, tomando antibiótico na veia. Tive uma queda grave por conta de problemas com a minha coordenação motora, causadas por sequelas, e hoje preciso usar bengalas.” No dia 16 de setembro, recebeu a dose de reforço e permanece atenta às medidas de prevenção.

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Além da aplicação do reforço, a Sesau mantém a vacinação da segunda dose, necessária para completar a imunização. Conforme o Vacinômetromais de 500 mil pessoas receberam as duas doses ou a dose única na Capital, o que resulta em mais de 55% da população completamente imunizada. A porcentagem supera a do Brasil, que está em 37%, segundo o Vacinômetro disponibilizado pelo Conselho Nacional de Saúde.

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