O número de portadores de diabetes mellitus e hipertensão aumenta a cada ano em Mato Grosso do Sul e na capital do estado. Campo Grande ocupa o 19° e 21° lugar, respectivamente, entre as capitais brasileiras com maior ocorrência das duas doenças. A capital, em 2021, possuia 8,5% da população adulta diagnosticada com diabetes e 22,6% com hipertensão.
As mulheres são as mais diagnosticadas com as duas patologias. A capital do estado é a sexta com maiores índices de diabetes nesse gênero e a oitava com mais casos de hipertensão em homens. As Unidades de Saúde Básica (UBS) da cidade realizam mensalmente ações de controle da hipertensão e diabetes ligadas ao Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia) para realizar o acompanhamento dos pacientes portadores das duas comorbidades.
De acordo com a assessora de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Bruna Kaspari o município de Campo Grande tem 57 mil pessoas portadoras de diabetes mellitus. Dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab) indicam que 135 mil campo-grandenses são hipertensos. A capital de Mato Grosso do Sul registrou 498 mortes em decorrência das complicações dessas doenças entre janeiro e agosto deste ano.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), extraídos do sistema e-Gestor AB, indicam que o estado de Mato Grosso do Sul registrou mais de 200 mil diagnósticos de diabetes entre os meses de janeiro e abril deste ano. A diabete mellitus é caracterizada por um transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, a hiperglicemia, e é classificada em tipo I e tipo II. O diagnóstico do tipo I acontece na infância ou adolescência e o tipo II, que representa 90% dos casos, é o mais comum e acomete principalmente os idosos.
A biomédica Rafaela Matos foi diagnosticada com diabetes tipo I aos três anos de idade e realiza o tratamento para a doença há 20 anos. “Geralmente quem tem a diabetes tipo I é insulinodependente, nosso pâncreas não produz insulina, diferente do tipo II”. Rafaela Matos relata que seus "familiares ficaram assustados quando os primeiros sintomas da doença apareceram, pois não existiam casos precedentes na família".