Os casos de Covid-19 aumentaram 900% em Mato Grosso do Sul no período de vinte dias. O estado registrava 409 novos casos de Covid-19 no Boletim Epidemiológico Covid-19 de 24 de maio e aumentou para 4.090 confirmados apresentados pelo Boletim de 14 de junho. O total de casos é de 542.248 e a média móvel é de 584,3.
O número de óbitos registrou alta de 87% no período de vinte dias. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul registrava 15 novos óbitos em 24 de maio, que aumentou para 28 em 14 de junho. A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande registrou 194.469 casos e é o município com maior número de confirmados no estado. O Boletim da SES registrou 36 internações, divididos em 23 leitos clínicos e 13 em leitos UTI.
A transmissão da Covid-19 acontece por inalação ou contato com gotículas de saliva, superfícies contaminadas e secreções respiratórias. Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dor de garganta, tosse, e dificuldade para respirar. As pessoas que estiverem com os sintomas, devem procurar as Unidades Básicas de Sáude (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF).
A gerente técnica de Influenza e doenças respiratórias da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Lívia de Mello relata que o clima de Mato Grosso do Sul favorece o aumento de casos de doenças respiratórias. “Nesse momento tudo favorece, o clima favorece, a aglomeração de pessoas favorece e é o período do ano que há maior circulação de vírus respiratórios, em todo Brasil. Então a gente tem a circulação, nesse momento, pós-pandemia da covid-19, sarscov-2; das influenzas e de outros vírus respiratórios comuns nessa época do ano”. A gerente técnica explica que alta nas ocorrências de Covid-19 está relacionada a casos leves. “Há uma preocupação, sim, por esse aumento nas duas últimas semanas, foi um aumento relevante e importante de casos. Mas como eu disse, enquanto são casos leves só exige o nosso monitoramento e atenção redobrada. Os casos que nós temos acompanhado, são casos leves que têm sintomatologia comum de gripe, resfriado e que tem ficado em casa em isolamento domiciliar sem necessidade de maiores atendimentos”. Lívia de Mello recomenda que a população use máscaras de proteção em lugares fechados. “A orientação da SES é que se faça o uso da máscara principalmente em locais fechados, com aglomeração de pessoas e também a aqueles que estão com algum sintoma respiratório para evitar essa transmissão facilitada de pessoa a pessoa”.