DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Condições climáticas aumentam casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em Campo Grande

O munícipio registrou 2.758 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, um aumento de 59%, esse crescimento ocorre em períodos sazonais como outono e inverno devido à baixa umidade relativa do ar

Gabriel Issagawa, Júlia Barreto, Rafaela Teodoro, Reuel Oliveira 14/09/2024 - 14h33
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Campo Grande registrou aumento de 59% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas duas primeiras semanas de setembro. A poluição do ar provocada pelas queimadas, o período de seca prolongado e a umidade relativa do ar abaixo de 12% em Mato Grosso do Sul contribuem para a intensificação da doença. O aumento nos casos de SRAG estão associados ao Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza tipo A e Covid-19.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) contabilizam 2.758 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de janeiro a setembro de 2024. Esse número representa um aumento de 64 casos em comparação com o mesmo período de 2023. Os registros indicam que 14,4% estão associados à Influenza tipo A e 3,2% à Influenza tipo B.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo crianças menores de um ano de idade são os mais vulneráveis devido a baixa imunidade. As crianças representam 655 dos casos registrados. Os óbitos predominam entre idosos com mais de 80 anos, com 278 registros de janeiro a setembro de 2024.

O filho da publicitária Lara Miranda, Lucas Miranda, de dois anos, teve tosse e dificuldades para respirar. Lara Miranda relatou que teve dificuldade para identificar os sintomas da doença. "A mudança climática em Campo Grande contribuiu para as crises respiratórias do Lucas, e os cuidados foram intensificados com o uso diário de soro fisiológico e um umidificador".

PRIMEIRA NOTÍCIA · A publicitária Lara Miranda comenta sobre as sequelas do filho após a SRAG

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo afirma que o aumento dos casos de síndrome respiratória ocorre em períodos sazonais, como outono e inverno, e que os sintomas são agravados pela baixa umidade do ar. Veruska Lahdo explica que dos 253 casos que evoluíram para óbito, 28 foram devido à Covid, 39 casos à Influenza, e os demais foram por vírus cuja identificação está em análise laboratorial. "Os postos de saúde oferecem vacinas, mas a cobertura vacinal do município não atingiu o esperado. Apenas 50% do público prioritário (crianças e idosos) aderiram à vacinação, sendo este grupo mais suscetível a complicações decorrentes dos vírus respiratórios".

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