CASOS DE AFOGAMENTO

Mato Grosso do Sul registrou 27 casos de afogamentos em 2023

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul registrou cinco casos de afogamento em rios, piscinas e lagos durante os meses de setembro e outubro, ocasionados, principalmente, pela falta de habilidade em natação e embriaguez

Carol Leite, Geane Beserra e Maria Luiza Massulo17/10/2023 - 08h58
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Mato Grosso do Sul registrou 27 casos de afogamento entre os meses de janeiro a setembro de 2023. As ocorrências foram registradas principalmente em junho, com seis ocorrências no mês. Os afogamentos acontecem com maior frequência nos períodos de calor intenso devido à procura por rios e piscinas.

O interior de Mato Grosso do Sul tem maior ocorrência de casos de afogamento, com 60 incidentes registrados entre 2022 e 2023. O Corpo de Bombeiros contabilizou quatro casos no mês de setembro em todo o estado. As principais causas são a falta de habilidade em natação e embriaguez

Cartilha Afogamentos da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostra que os homens morrem por afogamento 6,8 vezes mais que as mulheres, em média, e 70% dos óbitos ocorrem em rios e represas. Mato Grosso do Sul ocupava, em 2019, o 12º lugar entre os estados com a maior taxa de óbitos por afogamento a cada 100 mil habitantes. 

O professor de Natação, Claudio Leite Gomes relata que a população deve estar atenta ao local escolhido para nadar e que rios, piscinas e balneários tem diferenças básicas de profundidade e movimento da água. Gomes alerta que os perigos ao nadar em rios estão associados a correnteza, redemoinhos, pedras e árvore submersas. “Outros cuidados que se deve ter são, de preferência, não beber, fazer um bom aquecimento e ter alguém que auxilie em caso de necessidade. Saber nadar conforme as técnicas corretas e ter feito um curso de pronto-socorro. Utilizar um colete salva-vidas é prudente”. 

A estudante do curso de Arquitetura da Faculdade Anhanguera, Ana Brenda Castoldi foi vítima de afogamento no final do ano passado. Ana Brenda Castoldi  costuma acampar próximo ao rio com sua família, quando ela, a irmã e o primo se afogaram em um desses passeios. “Teve uma hora que eu perdi o fôlego de tanto tentar, senti meu pulmão muito pesado, um ar frio na garganta, meu pescoço estava travado, e pensei que iria morrer”. 

Primeia Notícia · Ana Brenda Castoldi explica como sobreviveu ao afogamento

O bombeiro Militar e especialista em salvamento aquático, José Lauro Camargo explica que o Brasil é o terceiro país com maior registro de mortes e rios, lagos e cachoeiras são os locais onde ocorrem mais acidentes. Segundo Camargo, a maior incidência nesses locais ocorre por causa da falta de fiscalização e salva-vidas. "Mato Grosso do Sul está bem em relação à prevenção e salvamento áquatico, o que acontece muito é que as faixas dos rios não são privatizadas como os balneários, então não tem guarda-vidas". 

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