Adesão a planos coletivos cresceu 5,1% no Mato Grosso do Sul - (Foto: Heloisa Duim)A aquisição de planos de saúde médico-hospitalares aumentou 5,9% em Mato Grosso do Sul entre agosto de 2022 e agosto de 2023, com 37,3 mil novos beneficiários cadastrados. O Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) registrou 670 mil vínculos ativos no último quadrimestre de 2023 no estado, o maior número desde o início da série histórica. O número de beneficiários de planos de Saúde no Mato Grosso do Sul representa cerca de 24% da população do estado.
O aumento ocorreu no número de beneficiários dos planos individuais ou familiares, com 12,6%. Os planos coletivos tiveram acréscimo de 5,1%, com aproximadamente 35 mil novos vínculos empresariais, enquanto a aquisição de planos coletivos por adesão apresentou uma diminuição de 9,2%. A oferta de novas vagas de emprego formal em empresas com plano de saúde empresarial contribuíram para o aumento da taxa de adesão.
Dados do IESS divulgados no mês de outubro apontam que oito de cada dez planos de Saúde contratados em Mato Grosso do Sul são planos coletivos, como empresariais ou de adesão. O superintendente da IESS, José Cechin destaca que a atividade econômica no estado impulsionou a adesão de novos beneficiários aos planos de Saúde. “O grande crescimento se deve ao aumento de empregos em empresas que tinham planos de saúde ou de empresas que não tinham e passaram a oferecer aos seus trabalhadores. Quando crescem os empregos, tende a crescer também o número de pessoas ligadas a planos de saúde”.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que os empregos formais cresceram 5,2% em Mato Grosso do Sul entre agosto de 2022 e agosto de 2023, com 31,2 mil novas vagas. Cechin ressalta que o número de novos beneficiários de planos de Saúde é superior ao número de empregos formais devido à possibilidade de adicionar dependentes familiares nos contratos. “O funcionário de uma empresa que obtém plano de saúde empresarial, ele tem a cobertura para si e para os membros de sua família, é por isso que tem mais adesão a planos de saúde empresariais do que novos empregados com carteira assinada”.
A advogada e diretora-científica do Instituto Brasileiro de Ensino do Direito Médico e da Saúde (IBEDIM), Giovanna Trad afirma que a percepção da população à qualidade dos planos de Saúde em comparação com o Sistema Único de Saúde (SUS) impulsiona a busca pelos serviços de Saúde complementar. “O SUS enfrenta inúmeros desafios, dentre eles restrições de financiamento, falta de infraestrutura, problemas de gestão, cujas condições prejudicam sobremaneira o acesso do cidadão, são fatores que levam à insatisfação dos usuários do SUS. Por isso, buscam um plano de saúde que, em tese, oferece um atendimento mais rápido, com acesso a tecnologias, especialistas e hospitais”.
A empresária Dalva Rodrigues Ferreira aderiu ao serviço de Saúde particular por causa do acesso ao atendimento médico imediato. “Não preciso ficar esperando dias, é uma facilidade e quando eu precisei, sempre foi bem sucedido o atendimento. Quando eu aderi, eu fui naquele que era mais conhecido e que mais tinha adesão no mercado”.
