Estoque de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul (Hemosul) está abaixo do nível desejado para atender a demanda dos hospitais do Estado no mês de novembro. A quantidade de doações diárias dos tipos sanguíneos O positivo, O negativo é insatisfatório para o estoque estratégico. Os hospitais de Campo Grande necessitam, a cada três dias, de 250 bolsas de sangue O positivo e 42 bolsas de O negativo; em alguns dias, a rede Hemosul recebe apenas 80 doadores.
O Hemosul registrou, em abril de 2021, uma queda de 10% no número de doações de sangue devido a pandemia. Essa queda ocorreu devido ao contágio do coronavírus e as medidas restritivas na pandemia no Estado entre 2019 e 2020. O período mais crítico de doações de sangue é entre junho e agosto que registram temperaturas baixas e aumento das doenças respiratórias.
Conforme a coordenadora de Assistência Técnica do Hemosul, Bibiana Rugulo as normas de biossegurança que o local impôs durante a pandemia também foi um dos fatores que determinaram a diminuição de doações. Segundo Bibiana Rugulo além da pandemia, a escassez de doadores se deve à falta de informação sobre o processo de doação. "As pessoas não conhecem o benefício da doação, não conhecem o fato que ajudará a salvar até quatro vidas, eles têm medo do desconhecido e isso nos prejudica porque precisamos de uma média de 150 doadores por dia. Por esta razão, os estoques continuam baixos, não conseguimos atingir este número diariamente”.