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Aumenta número de mulheres mães acima dos 40 anos em Mato Grosso do Sul

Pesquisa do IBGE indica que Campo Grande é a cidade que tem o maior número de mães na faixa etária entre 40 e 50 anos

Guilherme Brasil, João Lucas, Thiago Spila19/11/2018 - 16h58
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Mato Grosso do Sul, disponibilizou dados referentes a mulheres que se tornaram mães na faixa etária de 40 a 50 anos de idade. A pesquisa aponta que em 2015, 1.320 mulheres foram mães acima dos 40 anos. O IBGE também apurou, em 2017, 1.502  mães nesta idade, um aumento de 182 mulheres progenitoras em um período de três anos. Campo Grande é a cidade que possui o maior número de mães com idade igual ou superior a 40 anos. De acordo com o levantamento do instituto de pesquisa, no ano passado, foram registradas 744 mulheres mães na capital, 113 a mais que no ano de 2015, quando 631 mães com idade superior a 40 anos foram contabilizadas.

Segundo a enfermeira assistencialista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS) e professora do curso de Medicina da UFMS, Berta da Silva houve um aumento com relação a mães acima de 40 anos nos últimos anos. "A gente vê uma realidade muito oposta, quando eu trabalhava no setor de neonatologia do HU, eu já vi mães extremamentes jovens, com 12 anos, mas também via mulheres com idade superior aos 40 anos cada ano mais".

Berta da Silva ressalta que um dos principais fatores para o aumento do número de mães com idade superior a 40 anos é a evolução da ciência. "Doenças que há 10, 20 anos matavam mulheres e/ou seus fetos por não ter tratamento e nem diagnóstico adequado, hoje em dia, podemos fazer quase que qualquer prevenção através do pré-natal".

Segundo a dona de casa Andreia Carmem, sua gravidez foi considerada de risco durante todo o processo. “Eu fui avisada dos riscos da gravidez acima dos 40 anos, uma amiga minha teve uma filha com 42 e a gestação foi muito complicada, então fiquei muito preocupada, pois fiquei grávida aos 45 anos, mas tudo ocorreu muito bem”.

A aposentada Deise Santos teve a sua primeira gestação aos 39 anos e, devido à gravidez de risco, seu filho faleceu na gestação. Um ano após o incidente ela ficou grávida novamente e os relatórios médicos indicam uma gravidez de risco. “Por ter perdido um filho há um ano, eu estava, é claro, um pouco preocupada, e minha gravidez aos 40 anos também foi considerada perigosa pelos médicos por causa da idade”.

Deise Santos ressalta que, mesmo com as advertências dos médicos sobre os riscos da gravidez nessa faixa etária, ela acreditou que o acolhimento de seus amigos e familiares seria suficiente para superá-los. "No início, quando fomos avisados dos perigos pelos nossos médicos ficamos preocupados, mas na hora acabamos colocando a felicidade em ter um novo filho acima dos riscos".

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