A fila de pessoas que aguardam por um transplante de órgão ou tecido em Mato Grosso do Sul tem 580 indivíduos. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) registrou 173 transplantes realizados no estado em 2023 e é o 14º em número de doadores efetivos registrados, com 13,1 doadores para cada um milhão de pessoas. O índice de recusa dos familiares de pessoas falecidas para a doação de órgãos está entre 60% e 70% no estado.
A maioria dos transplantes realizados no estado este ano foi de córnea, com 147 procedimentos. O transplante de órgãos sólidos é o segundo mais comum, com 23 procedimentos de transplante renal e um transplante de coração. A fila de espera por órgãos sólidos tem 174 pacientes, com 97 homens e 77 mulheres, com faixa etária entre 18 anos e acima de 65 anos.
O sistema de transplantes é dividido entre órgãos sólidos, que incluem coração, pulmão, rins, pâncreas e fígado, e de tecidos, como medula óssea, ossos e córneas. O relatório produzido pelo SNT do Ministério da Saúde, aponta que o estado é o 17º em número de transplantes de órgãos sólidos por milhão de habitantes, com média de 10,9 procedimentos realizados. A coordenadora do Centro Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul (CET/MS), Claire Carmem Miozzo afirma que o sistema de Saúde do estado está suspenso de realizar a captação e transplantes de fígado, pâncreas, pulmão e medula óssea alogênica devido a ausência de equipes especializadas. “Se um paciente nosso precisa de um fígado, por exemplo, ele vai ser encaminhado para outro estado e vai ser inserido na fila de outro estado. Quando ele for contemplado, pode ser um órgão tanto nosso quanto de qualquer outro estado”.