SAÚDE

Campo Grande tem redução nos casos de Dengue com aplicação do fumacê

Campo Grande está na 63ª posição entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul com maior incidência de Dengue

Karine Gonçalves, Naiara Camargo24/05/2021 - 20h27
Compartilhe:

Campo Grande registrou queda nos casos de Dengue com aplicação do fumacê. Os casos da doença diminuíram 97%  no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado.  Campo Grande ocupa a 63ª posição entre os 79 municípios do estado de Mato Grosso do Sul na lista de cidades com maior incidência de Dengue. A Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) é o setor responsável em promover o serviço de fumacê na capital.

O inseticida elimina criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. De acordo com divulgação diária da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), o serviço é realizado de segunda à sexta-feira na Capital, com início às 16h e término às 22h. Os bairros Jardim Autonomista, Jardim Centenário, Jardim Leblon, Moreninha, Los Angeles e Nova Campo Grande são contemplados nesta sexta-feira (28).

De acordo com o biólogo Marcus Paulo Gonçalves o fumacê é eficaz no combate ao mosquito Aedes Aegypti porque os insetos morrem com a vaporização do produto químico. Humanos e animais domésticos são proibidos de inalarem a Cipermetrina, que é a substância química utilizada no fumacê. É recomendado que moradores abram portas e janelas para que o veneno entre nas casas e elimine os criadouros do mosquito. A aplicação do fumacê deixa de ser feita caso haja chuva, neblina ou vento forte porque estas condições meteorológicas prejudicam a eficácia do serviço.“Como todo produto químico, existe risco de saúde para a população, mas só é aquele risco se for muito inalável ou se tiver contato muito direto com o produto, porque de certa forma são agrotóxicos e fazem mal para as pessoas. Mas no geral, o fumacê não é prejudicial à população”.

 

A enfermeira Nivea Lorena afirma que o tratamento da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela é feito com medicamentos que aliviam sintomas, como analgésicos. É recomendado que o paciente beba líquidos. O tratamento é realizado com líquidos intravenosos em hospitais. O objetivo é amenizar dores e repor hidratação e fluídos perdidos durante vômito, sudorese ou sangramento.

O serralheiro Helvio Maciel teve dengue há sete meses e relata que sentiu dor de cabeça e febre. “Graças a Deus fui curado em casa e tive a recuperação boa, não precisei ficar internado. Fiz o soro caseiro e não precisei ir ao posto de saúde. Depois de uma semana, fui ao posto para ver como estava a minha saúde, estava recuperado. Depois disso, nunca mais tive problema com a dengue”.

Orientações

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), é fundamental evitar deixar água parada em vasos de plantas, manter caixas d’água bem fechadas, eliminar acúmulo de água sobre a laje, manter garrafas e latas tampadas, fazer manutenção em piscinas, manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos e tampar ralos. É fundamental que a população campo-grandense tenha consciência e faça sua parte para evitar focos do mosquito Aedes Aegypti. O objetivo é eliminar criadouros do mosquito para diminuir número de casos, internações, mortes e proteger a saúde da população.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende afirma que a dengue faz vítimas assim como a Covid-19. “A comunidade deve estar atenta porque 80% dos reservatórios com proliferação estão nas casas das pessoas. Vamos aproveitar que muitas pessoas estão ficando em casa por conta da pandemia da Covid-19, para limpar o quintal e intensificar a guerra contra o mosquito”.

Primeira Notícia · Helvio Maciel fala sobre os cuidados para combate ao Aedes aegypti

Nivea Lorena indica o uso de repelentes porque o odor do produto evita que o mosquito encoste na pessoa. Helvio Maciel relata que evita manter água parada em vasos de plantas ou em recipientes abertos. “Depois que peguei a dengue, sempre tomo o maior cuidado. Cuido os potes das flores, não deixo juntar água em latinha. Procuro fazer a minha parte”.

O assessor de Comunicação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), Leandro Mota de Arruda afirma que a corporação apoia medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti. As atividades do CBMMS são executadas conforme demanda e solicitação da SES e SESAU. “Realizamos todo fim de mês uma grande limpeza em todas as unidades operacionais. É uma atitude de apoio, uma ação interna que ocorre em todo o estado”.

Compartilhe:

Deixe seu Comentário

Leia Também