Jornalistas reivindicam inclusão da categoria no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19

Clara Farias, Maria Eduarda Boin, Raissa Quinhonez 9/06/2021 - 20h44

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Jornalistas de Mato Grosso do Sul aderem ao ato nacional pela vacinação aos profissionais de imprensa - (Foto: Saul Schramm)

Jornalistas de Campo Grande se reuniram na manhã desta quarta-feira, nove de junho, em frente à Secretaria de Estado de Saúde (SES) para reivindicar que a vacinação prioritária seja estendida aos jornalistas em Mato Grosso do Sul. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta pela Vacinação dos Jornalistas contra a Covid-19 promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). No ato, os organizadores do movimento foram recebidos pelo secretário de Estado da Saúde, Geraldo Resende.

Os jornalistas que estavam em ambiente de trabalho, nas redações se manifestaram nas redes sociais , os profissionais foram trabalhar com roupas azuis, cor escolhida pela Fenaj para representar o Dia Nacional da Luta pela Vacinação. A manifestação teve participação dos sindicatos filiados à Fenaj de Campo Grande, Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) e de Dourados, Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Grande Dourados (Sinjorgran).

O presidente do Sindjor - MS, Walter Gonçalves Filho representou também o Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados (Sinjorgran) no ato. Gonçalves Filho relatou que “durante o dia de hoje a programação do Dia Nacional de Luta pela Vacinação dos Jornalistas irá mobilizar as pessoas para essa luta através de lives e movimentações nas redes sociais. Alguns Estados conseguiram incluir os jornalistas no grupo prioritário de vacinação, então nós seguiremos nessa luta para conseguir.”

O jornalista Guilherme Correia atua em redação jornalística em Campo Grande e foi contaminado pelo coronavírus no começo deste ano. Segundo Correia, “a pandemia potencializou a precarização do trabalho dos jornalistas. Muitas vezes tem poucos profissionais para muitas tarefas, acúmulo de funções e a vacinação vem como um alento até para garantir mais dignidade a estes funcionários.”

Primeira Notícia · Guilherme Correia comenta os riscos de contágio nas redações

Segundo a jornalista Veruska Donato, que trabalha presencialmente desde o início da pandemia, a antecipação da vacina para a categoria desrespeitaria os grupos prioritários determinados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Sou contra porque acredito no Plano Nacional de Imunização do jeito que foi criado e como é executado há anos em outras imunizações. Se eu aceitar me vacinar eu perco o direito de desqualificar e criticar tudo o que está aí de errado: empresas querendo importar vacinas para seus trabalhadores, funcionários em home office se imunizando”.

Para a jornalista Isabelly Melo, a manifestação é importante para chamar a atenção sobre a necessidade da vacinação dos profissionais de imprensa. “Ter um dia especificamente para chamar atenção para esse calendário e para evidenciar a situação da imprensa que está na linha de frente e atuando desde o início da pandemia é muito relevante. Todas as informações que chegam para nós neste período é por meio da imprensa, nós damos voz e lutamos pelos outros e quando é a nossa vez precisamos pedir vacina para esta classe que é considerada essencial.”