A Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso do Sul aplicou 748.355 doses da vacina contra a Covid-19 até quatro de maio de 2021, de acordo com o vacinômetro, plataforma disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que permite acompanhar, em tempo real, a situação do processo de imunização. De acordo com dados da plataforma, são 531.614 imunizantes aplicados da primeira dose e 216.741 da segunda dose, desde 18 de janeiro deste ano. O estado segue o Plano Nacional de Imunização (PNI).
Segundo dados das secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades federativas do Brasil, Mato Grosso do Sul é o segundo estado que mais vacinou no país, com 18,92% de sua população vacinada, pessoas que tomaram apenas a primeira dose e 7,71% habitantes imunizados, que representam os cidadãos que tomaram as duas doses. Mato Grosso do Sul fica atrás apenas do Rio Grande do Sul, estado que ocupa o primeiro lugar em vacinação do Brasil. A Secretaria de Estado de Saúde possui 826.060 doses até o momento de acordo com o vacinômetro.
Maria Cristina Alves foi imunizada contra Covid-19 em Campo Grande e diz que se emocionou no momento da aplicação. “Eu não via a hora. Caíram lágrimas dos meus olhos do tanto que fiquei feliz. Daqui algumas semanas vou poder voltar a vida normal, mas claro, continuando a me cuidar”.
Jaime Rodrigues também foi imunizado na capital. “Estou há um ano na minha chácara, no mato, para me esconder do vírus. Não vejo a hora de poder retornar à capital para poder andar na rua sabendo que não corro o risco de morrer”.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende explica que alguns municípios enfrentam problemas para aplicação da vacina por causa do vasto território rural, dificuldade de acesso e comunidades indígenas que algumas vezes negam a vacina.
Resende explica que a ciência é importante em todo o processo de fabricação da vacina contra Covid-19. “Além do processo de higiene, usar máscara, distanciamento social, a gente aponta mais uma coisa importante no processo de enfrentamento à Covid-19, a vacina. Não dê espaço para aqueles que jogam no obscurantismo e nem para aqueles que querem voltar aos tempos das trevas. A vacina é uma grande conquista da ciência e da humanidade”.
O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) admite que se preocupa com quem nega à vacinação. “São pessoas que desacreditam da ciência. São pessoas que com certeza absoluta quando adoecem, procuram um médico. Quando elas tem uma dor no dente, elas vão no dentista. E é um mal que talvez ele não cause apenas nele, pode levar esse mal para outras pessoas. Então é um caso de saúde pública e não de saúde individual”. Trad orienta para que a população se vacine. “A gente pede por favor, deixe os lados ideológicos e políticos de lado. Nós estamos tentando buscar um raciocínio lógico em busca da saúde pública”.
O borracheiro, Vinicius Haufes explica que prefere ficar sem a imunização. Haufes afirma que toma os cuidados necessários para preservar sua saúde, sem risco de contaminação. “Não confio muito na vacina e não corro o risco de tomar isso. Eu me cuido, uso máscara e passo álcool gel”.
As vacinas aplicadas no país são a Coronavac, produzida pela Sinovac e Instituto Butantan e AstraZeneca, produzida pela Universidade de Oxford. Segundo estudo realizado pela Universidade de Oxford, a AstraZeneca possui segurança de 76% contra infecções assintomáticas e de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Butantan, a Coronavac possui eficácia geral de 50,39%. Segundo Resende, o objetivo é imunizar cidadãos para conter o avanço do novo coronavírus, além de diminuir o número de internações, óbitos e casos confirmados.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), o grupo prioritário da fase um de imunização abrange pessoas acima de 59 anos, grávidas e puérperas a partir de 18 anos, militares das Forças Armadas, trabalhadores da educação e assistência social com 40 anos ou mais, trabalhadores do transporte coletivo urbano acima de 18 anos, pessoas acima de 45 anos com comorbidades, profissionais de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos acima de 18 anos, pessoas com 18 anos ou mais que possuem comorbidades específicas, servidores da Polícia Civil, servidores da Polícia Militar (PMMS), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes Polícia Federal (PF), militares do Corpo de Bombeiros (CBMMS), vigilantes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), fiscais da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN), agentes penitenciários, indígenas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, auxiliares de dentista, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos, médicos veterinários e servidores de hospitais e laboratórios.