SAÚDE

Mato Grosso do Sul é o 10º estado com maior incidência de Dengue do Brasil

O estado está classificado na categoria de alta incidência com 576,6 casos por 100 mil habitantes e passou a ter 46 municípios com alta incidência de casos em maio

Karine Gonçalves, Feyth Jacques e Waldir Rosa29/05/2022 - 18h21
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Mato Grosso do Sul é o 10º estado com maior incidência de Dengue do Brasil conforme o Boletim Epidemiológico da Secretária de Estado de Saúde e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado está na categoria de alta incidência com 576,6 casos por 100 mil habitantes. Mato Grosso do Sul passou de 21 para 47 municípios infectados com alta incidência de casos entre abril e maio.
 
As cidades que registram mais de 300 casos por 100 mil habitantes são classificadas com alta incidência de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde. Mato Grosso do Sul registrou 9.406 casos confirmados e 12 mortes até o dia 25 de maio. Os critérios para confirmação dos casos de dengue são os laboratoriais (59,2%) e clínico-epidemiológico (40,8%).

A enfermeira e gerente Técnica de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Jéssica Klener destaca que o número de óbitos em 2022 será maior que o ano anterior. " Ano passado, no ano todo, tivemos 14 óbitos. Nesse momento, estamos com 12 óbitos e isso nos preocupa pela comparação com o ano de 2021". A enfermeira destaca que houve aumento na procura de medicamentos usados no tratamento de Dengue. "Houve uma procura nos sais de hidratação oral, paracetamol, dipirona e soro fisiológico". Jéssica Klener explica que é preciso redobrar atenção de todos os municípiios, por causa do aumento do número de casos de Dengue.

O infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Julio Croda explica que a região Centro-Oeste vive uma epidemia de Dengue. "Aumentou o diagnóstico de Dengue em todo o Centro-Oeste, é a região com maior incidência da doença, aqui no Mato Grosso do Sul não é diferente e Campo Grande também não é diferente. Está tendo uma epidemia de Dengue com aumento de número de casos e eventualmente de internações". O infectologista destaca que para controlar a Dengue é preciso monitorar o mosquito Aedes Aegypti. "Principal forma de controlar a Dengue, é fazer o controle do Aedes Aegypti, principalmente os focos que na maioria das vezes se encontra no domicílio. Então, uma vez por semana é importante verificar a água parada e eliminar essa água, dessa forma você esta eliminando o foco do vetor Aedes Aegypti e evitando a transmissão".

Primeira Notícia · Julio Croda explica como é realizado o tratamento contra a dengue grave

O marceneiro Aparecido Maciel diz que foi diagnosticado com Dengue após sentir dores musculares. “O único sintoma que eu tive foram as dores musculares e foram cerca de três semanas de recuperação”. Aparecido Maciel relata que procurou atendimento na USF Tiradentes e foi internado no Hospital Adventista do Pênfigo.

Primeira Notícia · Aparecido Maciel diz que ficou internado no Hospital para tratar a dengue
 

O professor da Rede Municipal de Ensino, Cristiano da Conceição afirma que recebeu o diagnóstico por exame após cinco dias de sintomas. “Mais de cinco dias até sair o diagnóstico. Os exames foram feitos e nenhum médico falou que eu tive Dengue, a conversa sempre foi, ‘é suspeita de Dengue’”. O professor relata que procurou atendimento na UPA Vila Almeida após apresentar sintomas de Dengue. “Eu tive febre, dor de cabeça, vômito, diarréia e no final, muita coceira por todo corpo”. Cristiano da Conceição explica que se recuperou após cinco dias de medicação. “Receitaram dipirona monoidratada, bromoprida , maleato de dexclorfeniramina e cloridrato prometazina, com cinco dias estava recuperado”.
 

 

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