Mato Grosso do Sul registra falta de profissionais para a implementação de práticas integrativas e complementares nas unidades básicas de Saúde. A ausência de profissionais habilitados para a aplicação das práticas dificulta a implementação em outros 38 municípios do estado. A demanda da população ocorre principalmente com os recursos terapêuticos para prevenção e recuperação de doenças como quiropraxia, homeopatia, ayurveda e cromoterapia.
As unidades básicas de Saúde (UBS) de Campo Grande realizaram sete mil sessões de auriculoterapia por ano, e entre 2019 e 2022 foram mais de 13 mil sessões. Os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde são os responsáveis por ofertar as terapias alternativas e a ausência de um centro de especialidade dificulta o acesso da população as práticas e precisam recorrer a unidades privadas de Saúde. O sistema público de Saúde da capital tem seis profissionais capacitados para atendimento com técnicas de acupuntura.
Segundo a supervisora técnica da Coordenadoria da Rede de Atenção Básica (CRAP), Alana Galeano os profissionais das UBS devem receber capacitação para que as técnicas possam ser oferecidas na Atenção Primária. A auriculoterapia é a prática mais difundida na capital, com cerca de 70 profissionais habilitados nas unidades de Saúde. "Assim como o profissional recebe capacitação para manejar diabetes, hipertensão ou fazer uso de algumas tecnologias, a gente também oferta capacitações para qualificar esse profissional para que ele possa, dentro do seu escopo de ações, ter mais uma ação para ajudar na resolutividade do atendimento ao paciente".
Segundo a fisioterapeuta especialista em Osteopatia, Thais Monteiro as práticas integrativas que envolvem exercícios para o corpo promovem melhora no funcionamento de glândulas, musculatura e alívio de dores. Thais Monteiro relata que o público procura por tratamentos alternativos para acelerar os resultados dos medicamentos, e práticas integrativas como Reiki e Osteopatia auxiliam na recuperação. “Quando esse paciente procura por iniciativa própria algumas dessas práticas integrativas, como a osteopatia, ele já está com a mente mais aberta e sabe que pode ter de oitenta a noventa por cento de melhora no seu quadro”.