TERAPIAS ALTERNATIVAS

Mato Grosso do Sul registra falta de profissionais capacitados em práticas integrativas

As práticas integrativas como quiropraxia, homeopatia e ayurveda estão ausentes nas unidades básicas de Saúde do estado e faltam centros especializados para atendimento da população, em Campo Grande somente seis profissionais realizam a acupuntura

Carol Leite, Geane Bessera e Maria Luiza Massulo 11/10/2023 - 03h55
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Mato Grosso do Sul registra falta de profissionais para a implementação de práticas integrativas e complementares nas unidades básicas de Saúde. A ausência de profissionais habilitados para a aplicação das práticas dificulta a implementação em outros 38 municípios do estado. A demanda da população ocorre  principalmente com os recursos terapêuticos para prevenção e recuperação de doenças como quiropraxia, homeopatiaayurveda e cromoterapia.

As unidades básicas de Saúde (UBS) de Campo Grande realizaram sete mil sessões de auriculoterapia por ano, e entre 2019 e 2022 foram mais de 13 mil sessões. Os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde são os responsáveis por ofertar as terapias alternativas e a ausência de um centro de especialidade dificulta o acesso da população as práticas e precisam recorrer a unidades privadas de Saúde. O sistema público de Saúde da capital tem seis profissionais capacitados para atendimento com técnicas de acupuntura.

Segundo a supervisora técnica da Coordenadoria da Rede de Atenção Básica (CRAP), Alana Galeano os profissionais das UBS devem receber capacitação para que as técnicas possam ser oferecidas na Atenção Primária. A auriculoterapia é a prática mais difundida na capital, com cerca de 70 profissionais habilitados nas unidades de Saúde. "Assim como o profissional recebe capacitação para manejar diabetes, hipertensão ou fazer uso de algumas tecnologias, a gente também oferta capacitações para qualificar esse profissional para que ele possa, dentro do seu escopo de ações, ter mais uma ação para ajudar na resolutividade do atendimento ao paciente".

Primeira Notícia · Alana Galeano explica o que são as práticas integrativas e complementares

Segundo a fisioterapeuta especialista em Osteopatia, Thais Monteiro as práticas integrativas que envolvem exercícios para o corpo promovem melhora no funcionamento de glândulas, musculatura e alívio de dores. Thais Monteiro relata que o público procura por tratamentos alternativos para acelerar os resultados dos medicamentos, e práticas integrativas como Reiki e Osteopatia auxiliam na recuperação. “Quando esse paciente procura por iniciativa própria algumas dessas práticas integrativas, como a osteopatia, ele já está com a mente mais aberta e sabe que pode ter de oitenta a noventa por cento de melhora no seu quadro”. 

O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinmedMS), Marcelo Santana explica que as práticas integrativas fazem parte da medicina alternativa em substituição às práticas da medicina convencional, sem comprovação cientifica para este tipo de tratamento. Santana relata que a terapia complementar em associação com a medicina convencional agrega ao tratamento médico de prevenção e recuperação de doenças. “Todo tratamento que não tiver um acompanhamento médico pode levar sérios riscos ao paciente, já que é preciso um estudo e análise criteriosa dos casos para entender o que melhor atende aquela situação e assim aplicar a prescrição mais assertiva para evolução de melhora do caso”. 

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