A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul disponibilizou dados em que 74,19% das crianças de um a cinco anos receberam a dose da vacina contra o sarampo. O estado está abaixo do número previsto pelo Ministério da Saúde. Dados divulgados pela Ses apontam que Aparecida do Taboado e Tacuru, com 12,3% e 53% de imunização, respectivamente, são municípios com baixa adesão da população às campanhas de combate à doença. A principal forma de combater a doença é por meio da vacina Tríplice Viral em pacientes de risco, como mulheres grávidas e bebês.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, Veruska Lahdo alerta para a difusão de notícias falsas sobre os efeitos colaterais das vacinas e tiram a credibilidade da imunização, que provoca a baixa adesão da população para as campanhas. Ela explica que crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos são públicos prioritários para realizarem a atualização da carteira de vacinação. "Para o Ministério da Saúde, após os surtos que tivemos nesses últimos meses, criança de seis meses até cinco anos se tornaram prioridade para tomar a vacina contra o sarampo. A dose zero é indicada para crianças de seis meses até um ano, após esse período já é necessário que ela tome a tríplice viral".
O primeiro caso de sarampo, doença viral transmitida por meio do contato com gotículas de saliva de um indivíduo infectado, foi confirmado no estado em setembro de 2019. O ministério da Saúde estabelece que todos os municipícios tenham imunizado no mínimo 95% do público alvo da campanha. Veruska Lahdo ressalta que os sintomas do sarampo são parecidos com os da gripe comum, por isso é necessário atenção. "Os sintomas são febre, tosse seca, nariz entupido e mal estar intenso. É de extrema importância que nessa época de surtos que as pessoas procurem uma unidade básica de saúde para se consultar".
O estudante do curso de Psicologia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Wellington Gonçalves explica que sua família tem pouco histórico de doenças epidêmicas. "Não me recordo de qualquer caso de doenças como sarampo em minha família, por isso me sinto seguro, mesmo que seja uma falsa segurança em evitar tomar qualquer tipo de vacina. Vamos tentar nos mobilizar mais para regularizar as carteiras de vacinação, especialmente dos meus irmãos mais novos".