Campo Grande teve 43 casos de meningite entre os meses de janeiro a setembro de 2023. As ocorrências da doença foram registradas, principalmente, em fevereiro, com 34 notificações. A meningite causou a morte de nove pessoas neste ano na capital, 50% a mais do que em 2022.
A meningite que mais ocasionou infecções foi a bacteriana, com 10 casos. Pessoas na faixa etária entre 20 a 59 anos foram as mais acometidas pela doença em 2023. A meningite pneumocócica foi responsável por 33% dos óbitos.
Segundo a neurologista Kenia Curvelo Muassab a meningite é causada por bactéria, que costuma ser mais letal, depois vírus ou fungos. A neurologista relata que os grupos mais vulneráveis a essa doença são as crianças, idosos, imunossuprimidos por medicação ou condições clínicas como HIV e quimioterapia e profissionais da Saúde. “Quando existe inflamação por infecção no cérebro normalmente há sinais. A meningite causa febre, inchaço no cérebro, dor de cabeça, confusão mental ou alteração comportamental e rigidez de nuca. A depender da meningite, se não tratada leva a coma e morte”.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo o Ministério da Saúde tem como meta a vacinação de 95% dos grupos de risco para meningite. A vacina BCG foi a única a atingir a meta de 90% de cobertura vacinal no ano passado em Campo Grande. "Uma das hipóteses para essa baixa adesão as vacinas é que a população acredita que com o sucesso da vacinação ao longo dos anos essas doenças não existem mais".