O número de pacientes diagnosticados com asma em Campo Grande reduziu 46,6% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. Segundo informações do assessor de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde Pública, Wellington Pena foram 2.967 casos registrados nos três primeiros meses do ano passado e 1.586 no mesmo período de 2019. De acordo com o Plano Municipal de Saúde, a asma está entre as dez maiores causas de procura aos serviços de saúde na capital.
Segundo o pneumologista e presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia de Mato Grosso do Sul, Henrique de Brito, as mudanças climáticas agravam os sintomas da asma, principalmente durante o período de transição do outono para o inverno. “O nosso inverno é muito seco, então além do ar estar mais frio e favorecer, em compensação o ar seco desidrata a mucosa respiratória e a mucosa desidratada favorece a entrar em estímulo alérgico e desencadear doenças”.
De acordo com Brito, estima-se que no Brasil cerca de 20% da população tenha asma, o equivalente a 20 milhões de brasileiros. “É uma doença subnotificada, é preciso lembrar que é uma doença de origem alérgica que vai levar diversos sintomas, principalmente a falta de ar, dificuldade de realizar atividades físicas e vários outros sintomas”.
Brito afirma que a doença se manifesta inicialmente pelo sibilo, um barulho no peito, que é conhecido como o ruído característico de pessoas que possuem asma. “A falta de ar e o chiado no peito podem ser desencadeados por meio da alergia de pêlos de animais, poeira ou produtos domésticos. A tosse também pode aparecer de forma muito presente, podendo ser seca ou com secreção”.