O Centro de Estudos em Células-Tronco, Terapia Celular e Genética Toxicológica (CeTroGen) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS) desenvolve um novo medicamento para combater ao câncer de pele. O estudo tem como objetivo a redução dos efeitos adversos da quimioterapia em tumores melanoma, que têm como principal causa a radiação ultravioleta, com alta incidência em Mato Grosso do Sul. A pesquisa integra o Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste e o Programa de Pós-Graduação em Química da UFMS.
O câncer de pele é definido pelo crescimento descontrolado e anormal das células que compõem a pele. Ele é classificado em não melanoma e melanoma. De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil em 2016. O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas e é o mais grave, pois possui alta possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo, atividade denominada metástase.
Segundo o dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti o câncer de pele raramente causa incômodos e se manifesta, principalmente, por manchas e pintas que são encontradas pelo corpo. “Geralmente, aparece como uma lesão cutânea. Existe uma ferida, um nódulo, um caroço que, na maioria das vezes, sangra com facilidade e tem difícil cicatrização. Essa é a dica principal. Existe também o crescimento contínuo, aquela lesão que aumenta de tamanho desordenadamente, que possui um formato irregular com várias cores, o diâmetro é maior que seis milímetros e é assimétrica. Nesses casos, normalmente, pensamos em câncer de pele”.
Moretti afirma que os tratamentos de câncer de pele apresentam complicações, principalmente em métodos cirúrgicos. “A complicação, normalmente, refere-se ao aspecto estético. A depender do tumor e de seu tamanho, terá uma cicatriz maior, inestética. Na maioria das vezes, o tratamento a laser pode trazer complicações na cicatrização. Além desse, o tratamento tópico, feito por meio de cremes específicos aplicados na região tumoral, pode causar irritação na pele”.