O Serviço e Prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) divulgou que 119.969 pessoas procuraram as Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Campo Grande para realizar testes rápidos e gratuitos para sífilis, HIV e hepatite em 2017. Em 2018 a Sesau registrou 167.365 pessoas que procuraram esses testes na capital, um aumento de 47.396 indivíduos. A busca pela avaliação rápida de sífilis foi a que registrou maior crescimento, em 2017 foram 29.552 e em 2018 o número foi de 43.058 pessoas, um aumento de 45,7%.
A chefe do Serviço e Prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Fabiana Dittmar informou que 39.269 indivíduos realizaram os testes para HIV em 2017 e em 2018 foram contabilizados 50.084, um aumento de 10.815 pessoas. A Sesau também registrou crescimento na procura por testes de hepatite em um ano. Em 2017, 28.048 cidadãos fizeram teste para hepatite B e em 2018 registraram 42.585. A hepatite C contou com 23.100 indivíduos em 2017, no ano seguinte 31.638 pessoas foram registradas.
O professor do curso de Enfermagem do Instituto Integrado de Saúde (Inisa), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Rodrigo Guimarães ressalta que nos últimos anos a divulgação dos teste rápidos e gratuitos aumentaram na capital. "Aqui em Campo Grande, desde 2015, as Unidades Básicas de Saúde vem divulgando mais esses testes rápidos, fora que antigamente fazer esses testes era muito mais complexo, o exame era mais demorado, as pessoas acabavam sem paciência para fazer, hoje em dia é bem mais rápido".
A chefe do Serviço Fabiana Dittmar afirma que as pessoas podem usar diversos métodos de prevenção de ISTs. "Hoje nós temos vários métodos de prevenção para as Infecções Sexualmente Transmissíveis como a camisinha, tanto a feminina quanto a masculina. Porém o que mais temos disponível hoje são os exames de ISTs como a Profilaxia Pós-exposição (PEP), que é quando ocorre algum acidente de trabalho com agulha contaminada, ou uma mulher sofre um abuso sexual, por exemplo, é só a pessoa procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima e realizar o exame para ver se está infectada".
Fabiana Dittmar explica que as pessoas podem fazer testes antes de uma exposição sexual. "Outro exame que fazemos para previnir ISTs é a Profilaxia Pré-Exposição, que é quando um casal suspeita que um de seus parceiros possa estar contaminado. Além disso se alguém vai ter uma relação sexual com um indivíduo contaminado, ele participa desse teste e começa a fazer um tratamento por meio de pílulas antes da exposição a infecção".