Prefeitura de Campo Grande atrasa o repasse federal da regularização do Piso Nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem e parteiras. Os profissionais aguardam depósito da verba destinada pelo Ministério da Saúde, que destinou aproximadamente quatro milhões de reais para o estado de Mato Grosso do Sul. A capital recebeu 11,8 milhões de reais para os profissionais do setor público e profissionais que atuam em instituições que atendam, ao menos, 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Vereadores de Campo Grande intermediaram uma reunião, na última semana, entre representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande (SINTE-CG), Ângelo Macedo para garantir o repasse nacional para os profissionais da capital. O Ministério da Saúde assegura o pagamento do piso salarial de 4,7 mil reais, com 100% do piso para enfermeiros, 70% para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras. A Lei Federal 14.434 que institui o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira regulamenta que o piso salarial nacional dos Enfermeiros será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta reais) mensais.
O Ministério da Saúde destinou a verba do repasse conforme o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos profissionais no portal InvestSUS. Segundo o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren/MS), Rodrigo Teixeira existem diferenças referentes ao número de profissionais beneficiados pelo repasse e os valores retroativos. "O setor público vai pagar o retroativo desde maio. O privado não tem esse retroativo. Isso são ordens do Supremo Tribunal Federal".
Teixeira afirma que o preenchimento incorreto das informações sobre os valores de remuneração e dos pagamentos adicionais na plataforma InvesteSUS acarretou no repasse dos valores incorretos para alguns profissionais. "Por isso, a importância do preenchimento correto no portal, para que o repasse fosse correto". O presidente do Coren/MS explica que as informações da remuneração de cada profissional são repassadas mensalmente ao Ministério da Saúde, que tem até 20 dias para análise de cada pedido.