Projeto de gameoterapia para pessoas diagnosticadas com fibrose cística aplica realidade virtual no tratamento de pacientes do Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Iped/Apae) de Campo Grande. A inicativa foi criada há cerca de seis meses em parceria com a Faculdade Anhanguera e atende seis pacientes que foram diagnosticadas com fibrose cística. A experiência com realidade virtual é acompanhada pela fisioterapeuta da Apae, Valine Zucchi, pela professora do curso de Fisioterapia da Anhanguera, Lilian Assunção e estagiários do curso.
O Iped/Apae é responsável pelo ambulatório especializado em fibrose cística em Mato Grosso do Sul. A unidade possui uma equipe multidisciplinar que inclui pneumologista, pediátrico, gastroenterologista pediátrico geneticista, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, farmacêutico e assistente social. O Instituto atende 43 pacientes diagnosticados com a doença, 34 na pediatria e nove adultos. Valine Zucchi explica que o tratamento surgiu após crianças de 12 e 13 anos reclamarem que as terapias eram exaustivas. "Queríamos algo novo e ai tivemos a ideia da realidade virtual com os vídeo games e os jogos interativos para complementar na terapia".
De acordo com Lilian Assunção, o acompanhamento é feito duas vezes por semana com duração entre 45 minutos e uma hora. "Os pacientes iniciavam o tratamento com a fisioterapia respiratória e, em seguida, realizavam as sessões de realidade virtual. Quando finalizadas todas as sessões, eles eram avaliados novamente com a espirometria (exame de pulmão) e com o teste de caminhada para a verificação do progresso individual".