COVID-19

Remessa com mais de 100 mil vacinas contra Covid-19 chega a Mato Grosso do Sul

Doses da Coronavac, Pfizer e Janssen chegaram na última quinta-feira (24) e foram distribuídas de maneira proporcional entre os municípios do estado

Adriana Acosta, Evaldenir Amaral e Luciano Pinheiro25/06/2021 - 22h27
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Novo lote com 105.090 doses de vacinas contra a Covid-19 chegou em Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (24). São 19.050 doses da Janssen, 48.600 da Coronavac e 37.440 da Pfizer. A Comissão Intergestores Bipartite (CIB), composta pelos representantes das secretarias de Saúde de todos os municípios do estado e pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), decidiu distribuir os imunizantes de modo igualitário.

Campo Grande recebeu cerca de 33% das vacinas. São mais de 15 mil doses da Coronavac, 12 mil da Pfizer e seis mil da Janssen. Pessoas com mais de 44 anos serão vacinadas com o novo lote a partir deste sábado (26), nos 37 locais de vacinação existentes na cidade.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Veruska Lahdo o atraso de cinco dias na campanha de vacinação, por falta de doses, comprometeu o cronograma de imunização. "Nós poderíamos estar na faixa etária dos 42 anos agora. Tentamos buscar maior celeridade no nosso processo. O objetivo maior é garantir mais locais de vacinação, para conseguir chegar em 80% da população adulta imunizada". Veruska Lahdo ressaltou que a distribuição nos pontos de imunização é uniforme, para que todos os tipos de vacinas estejam disponíveis para a população. "Lembrando que não há escolha entre as vacinas. Nunca sabemos se vamos tomar uma ou outra".

Denize Takaki, 45 anos, diz que ficou insatisfeita com a vacina que tomou. "Realmente eu não queria a Coronavac. Queria ter tomado a de dose única, da Janssen, ouvi falar muito bem dela. No Chile, onde todo mundo tomou Coronavac, vai ter que vacinar novamente, por causa do alto índice de contágio pela Covid-19. Vacinar com ela e não tomar nenhuma é praticamente a mesma coisa. Fiquei muito chateada. Eu quase recusei, estava esperando tomar outra marca".

De acordo com nota do Instituo Butantan encaminhada à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina produzida pela farmacêutica chinesa é eficaz para prevenir o agravamento de infecções pelo coronavírus. O comunicado do Butantan esclarece que "no Chile, houve, após a vacinação, relaxamento das medidas de restrição à circulação de pessoas, diferentemente do que ocorreu em outros países, como a Inglaterra, que adiou as flexibilizações que estavam previstas. A vacina não representa 'barreira' para a infecção, sendo, portanto, essencial manter os protocolos não farmacológicos de prevenção, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização".

Estudo de imunização

Conforme o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende o Ministério da Saúde garantiu que 5% da próxima remessa de vacinas da Janssen, com três milhões de doses, serão encaminhadas para Mato Grosso do Sul. Resende diz que os imunizantes serão utilizados nos 13 municípios da fronteira do estado. A população com mais de 18 anos irá receber a vacina de dose única da fabricante Johnson & Johnson.

A campanha faz parte de um estudo liderado pelo infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda. O objetivo é testar a eficácia do imunizante em uma vacinação em massa, com as 150 mil doses disponibilizadas pelo Governo Federal. O secretário afirma que as doses vão "frear a doença na região da fronteira com o Paraguai e Bolívia. A conquista se dá principalmente pela iniciativa do Governo do Estado, a bancada federal, a ministra Tereza Cristina, o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde] e Cosems/MS [Conselho de Secretários Municipais de Sáude]". 

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