CÂNCER

Mato Grosso do Sul apresenta 5640 novos casos de câncer em 2016

Cânceres de próstata e mama são os que mais atingem a população do Estado

Bárbara Cavalcanti, Isadora Leiria e Larissa Pestana13/12/2016 - 10h44
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Mato Grosso do Sul teve aumento no número de casos de câncer de próstata e mama, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Este ano, o número de casos de câncer de próstata foi de 1100 e 820 casos de câncer de mama. De acordo com os dados, no Brasil, foram registrados mais de 600 mil novos casos de câncer em 2016. 

De acordo com a estimativa de incidência de câncer em 2016 realizada pelo INCA, o câncer de próstata é o segundo tipo mais recorrente no Brasil, e a previsão é de 1000 novos casos de câncer de próstata em Mato Grosso do Sul e 490 em Campo Grande. 

A campanha nacional "Novembro Azul", realizada pelo Município e Estado, tem como objetivo a conscientização da população para o tratamento e prevenção do câncer de próstata. Entre os dias 10 e 30 de novembro, o HCAA recebeu homens com idade a partir de 45 anos para fazer o exame.

De acordo com a médica radiologista Ruth Morais Bonini, responsável pelo rastreamento de câncer de mama no Hospital de Câncer de Barretos, em Campo Grande, este câncer tem maior incidência em mulheres acima dos 40 anos de idade. Ela afirma que, antes dessa idade, o risco é muito menor e não é indicado realizar a mamografia nestes casos. "Antes dos 40 anos a chance de um câncer de mama é muito menor. Nessa população a mamografia não é indicada, porque essas mulheres têm a mama muito densa, muito glandulares, então não é o melhor exame. Nesse caso seria o ultrassom".

A médica Adriane Cristina Bovo explica que, para o câncer de colo de útero, uma das formas de prevenção é a vacina. "Ela [a vacina] é dada dos nove aos 13 anos nos postos de saúde, até os 45 anos. O exame preventivo papanicolau tem que começar a ser feito a partir dos 25 anos, porque é onde começa a acontecer os primeiros casos. Antes dos 25 ele detecta algumas alterações, só que não é comum acontecer câncer nessa idade".

De acordo com a médica Ruth Bonini, uma preocupação em relação ao Hospital de Câncer de Barretos em Campo Grande é a falta de recursos financeiros. "O local passou por dificuldades, mas 50% dos custos do hospital são pagos por filantropia. Então, metade é custeado pelo SUS, e metade é custeado por ajuda mesmo, doações. Com a crise econômica é claro que além do SUS estar tendo dificuldade de custear, também diminuíram as doações".


 

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