O plantão de atendimento recebe os pacientes por ordem de chegada e o coordenador estuda outras formas para aprimorar o atendimento, como estipular um número de senhas. Mesaque explica que existe um limite de inscrições para ter acesso ao plantão. "Fazemos uma fila de espera com um limite que a gente consiga atender ao longo do semestre. Se ultrapassar esse número, encaminhamos para outros Serviços Escolas”. Segundo o coordenador, existem casos onde os pacientes possuem plano de saúde e procuram pelo SEP. Nessas situações, o paciente é orientado a procurar o melhor tipo de tratamento.
A estudante do curso de Psicologia da UFMS, Tayná Schoeffel atende no plantão psicológico e explica que o foco são as demandas emergenciais, e que em alguns casos houve instabilidade no retorno às atividades presenciais. “A pandemia afetou sim significativamente a saúde psicológica das pessoas. Alguns casos recebidos dizem mais respeito às consequências do isolamento social, porque as pessoas se veem em um momento de retorno às atividades presenciais em instituições e isso acaba causando um certo choque, uma certa instabilidade em lidar com tudo isso”.
O estudante do curso de Psicologia da UFMS, João Pedro Amorim também atende no plantão e afirma que é uma oportunidade para pôr em prática os conteúdos estudados durante a pandemia e que o atendimento é importante para se trabalhar com os mais diversos casos. “Pelo lado dos alunos, nós tivemos dois anos estudando a distância com atendimentos e estágios a distância. Nós tivemos um longo período de capacitação no qual a gente não estava conseguindo atuar, e agora temos uma oportunidade, um espaço onde podemos complementar nossos estudos através da atuação. A gente percebe a importância de um plantão, porque é um ambiente que está à disposição das pessoas a qualquer momento, nas mais variadas demandas, das mais variadas situações”.
Ana Júlia*, que preferiu manter o anonimato, procurou pelo Plantão Psicológico após identificar algumas postagens sobre o atendimento em suas redes sociais, informações que foram compartilhadas por amigos em comum. Ela explica que realizava terapia desde a infância e que deseja manter uma frequência maior em sua nova fase de atendimento por meio do Plantão Psicológico. “Eu acho que é mais uma troca, né? Eles vão estar ali expondo o pensamento deles e tentando me ajudar, e eu vou tentar me ajudar também. Eu já cheguei a procurar ajuda, mas fiquei com aquele desânimo de saber o que é [sintomas]. A gente acaba sendo o nosso próprio psicólogo e acaba tendo um bloqueio em relação a isso, mas eu vou tentar de novo”.
Serviço
O atendimento está disponível às segundas, quartas e quintas-feiras, das 7h30 às 11h30, e às terças e sextas-feiras, das 7h30 às 11h30 e das 13h00 às 17h00. O Plantão Psicológico está localizado no Serviço Escola de Psicologia (SEP), Cidade Universitária, na Clínica de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas (FACH).