O projeto Grupo de Acolhimento para mulheres, negros e LGBTTQ+'s surgiu em Campo Grande motivado pelas eleições 2018. O grupo foi criado em outubro, a partir da parceria entre os psicólogos Adriane Lobo e Henrique Henkin, que se uniram para ajudar pessoas com problemas psicológicos e familiares, causados principalmente pelo momento político. As reuniões do grupo, com mais de trinta participantes, são gratuitas e realizadas duas vezes por mês, com local divulgado antecipadamente pela criadora do projeto.
Mato Grosso do Sul elegeu o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com mais de 50% de aprovação, no mês de outubro, segundo resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A psicóloga e criadora do Grupo, Adriane Lobo relata o crescimento da sensação de pânico, a intenção suicida, a ansiedade, a depressão e doenças psicossomáticas. Segundo ela, o medo em comum das pessoas LGBTTQ+, negros e mulheres do grupo é a morte e a violência física. "As pessoas já se acostumaram a lidar com a violência verbal. Eu vejo que o sofrimento e a desvalorização, enquanto pessoa, é tanto, que criou-se uma casca. Isso me denigre, isso me humilha, mas eu suporto. Eu sempre digo que as pessoas que compõem a diversidade são extremamente corajosas. Eu acho que a humanidade tinha que aprender mais a ter a compaixão".