TECNOLOGIA

Estudantes de Ciência da Computação desenvolvem aplicativo da UFMS

Alunos fizeram o projeto com base nas necessidades dos estudantes da universidade, com informações úteis sobre o campus

Vivian Campos e Stefanny Veiga16/12/2015 - 19h55
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Estudantes de Ciência da Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) trabalham em projeto para construir um aplicativo com informações do campus da UFMS em Campo Grande. A intenção é atender as necessidades de quem frequenta o local ou usa serviços da instituição. As demandas foram identificadas por meio de uma pesquisa sobre a vida acadêmica feita por estudantes da Faculdade de Computação (Facom). O aplicativo será lançado até o final de 2016. 

Acadêmico de Ciência da Computação, Victor Naito explica que os universitários sugeriram um aplicativo que fornecesse informações sobre a UFMS. Naito e Rodolfo Carvalho construíram o projeto que será apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Naito afirma que em algumas faculdades, esse tipo de aplicativo existe e que a inspiração veio desses modelos. “Fizemos uma pesquisa em faculdades do exterior e do Brasil. Identificamos o que há de maior importância para comunidade acadêmica e nos inspiramos nesses itens para criar o produto final”.

Segundo Carvalho, inicialmente as funcionalidades serão básicas, e futuramente, se surgirem novas necessidades, estas serão implementadas. “Os principais serviços serão acesso ao calendário acadêmico, cardápio do restaurante universitário, pesquisas de livros da biblioteca, renovação e disponibilidades, informações sobre os ônibus que circulam dentro da universidade e mapa com informações sobre os locais do campus, como quadras e identificação dos prédios. Os novos estudantes e quem não conhece aqui têm dificuldades de se localizar, então pensamos até em colocar informações sobre os arredores”.

Professor do curso de Ciência da Computação e orientador do TCC sobre o aplicativo para UFMS, Márcio da Silva explica que o projeto está em fase de estudos e no processo de criação contempla testes e se for preciso modificações. A data prevista para o lançamento do aplicativo é setembro de 2016. “Isso depende dos testes, antes de lançar a versão final é disponibilizado para algumas pessoas, para que elas testem e relatem problemas. Quanto menos problemas tiver, mais cedo é lançado, mas o prazo final é esse”. Segundo o orientador, primeiro será lançado para aparelhos com sistema operacional Android e no futuro em outras plataformas, como IOS e Windows Phone.

Silva explica que quem tiver interesse em criar um aplicativo deve cumprir etapas importantes, é preciso pesquisar, saber quem é o público, quais as necessidades desses usuários, os serviços que serão oferecidos para que esse aplicativo tenha uma grande quantidade de instalações.

 

Para o orientador, o importante é a opinião dos que testam. “As funcionalidades que os criadores falaram está implementada? Está fácil de usar? Não adianta estar tudo implementado, tem que ser simples. São poucos cliques? Geralmente usuário não gosta de muitos cliques, então é um processo de refinamento, para o aplicativo ficar mais fácil de usar”.

Márcio da Silva diz que inicialmente, o aplicativo não poderá se integrar com o Sistema Acadêmico da UFMS (Siscad), que é utilizado para divulgação de faltas e notas em cada disciplina, a integração depende da aprovação do Núcleo de Tecnologia da Informática (NTI). “Nas pesquisas sobre o que os acadêmicos queriam no aplicativo, o Siscad ganhou disparado, mas para tê-lo não depende só da Facom, depende também da aprovação da universidade, mas nós vamos entrar em contato para saber o que podemos incluir e esperamos colocar, ao menos, o mínimo de informação do Siscad”. 

O mercado

O tecnólogo da informação da empresa Jera, Saulo Arruda  trabalha com a criação de aplicativos desde 2011 e explica que essa ferramenta começou a ser utilizada em 2007 com o lançamento do iPhone . “O modelo que a gente conhece hoje foi lançado pelo iPhone, em que você desbloqueia o seu celular, entra em uma loja como o Google Play, Apple Store e tem a lista de aplicativos para baixar. A Nokia começou  esse processo, mas não era tão popular, não era tão fácil, não era tão bonito e não tinha tantos aplicativos”.

De acordo com pesquisa divulgada em 2015 pela Nielsen Ibope, 70 milhões de brasileiros utilizam smartphones e tablets para acessar a internet, desse número, 62% representam a classe A e B e 38%, a classe C, D e E.

O uso crescente dos dispositivos móveis impulsiona o mercado da criação de aplicativos no Brasil. Empresas ou até mesmo pessoas físicas podem desenvolver um aplicativo, como exemplifica Arruda. “Entre o ano passado e esse ano, a gente desenvolveu um app com um rapaz de Campinas que queria fazer um aplicativo de balada. Aí ele tinha um sócio dono de casas noturnas e conseguiu propagar o app naquele meio”.

Saulo Arruda afirma que o mercado de aplicativos em Mato Grosso do Sul não cresceu tanto quanto no cenário nacional. “Hoje 90% dos meus clientes são de fora”. O tecnólogo atribui esse fato ao valor do projeto. “Hoje a gente trabalha com projetos mais caros, na época que começamos, o valor era X, hoje esse valor é três ou quatro vezes maior”.

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