Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizaram um protesto no refeitório do Restaurante Universitário (RU) no último dia 2 de maio. Os alunos exigiam esclarecimentos sobre a proibição do consumo de alimentos caseiros dentro do restaurante, regra imposta pela empresa alimentícia Paladar Nutri Eireli. O marmitaço reuniu estudantes de diversos cursos do Campus de Campo Grande, que ocuparam as mesas do restaurante com almoços caseiros em marmitas.
O Restaurante Universitário é o local onde os acadêmicos de graduação presencial e pós-graduação da UFMS realizam suas refeições com preços subsidiados. De acordo com a Normativa N° 18, publicada no dia 31 de março de 2022, os alunos de graduação em situação de vulnerabilidade social que possuem inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal pagam o valor de R$ 3,00 pela refeição. O aumento no valor pago pelos acadêmicos em situação de vulnerabilidade foi de R$ 0,50 em relação a 2020, enquanto os demais acadêmicos, servidores e habitantes de Campo Grande agora pagam R$ 15,00, uma alta de R$ 10,50. O novo reajuste foi anunciado após reunião entre a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES) e o Diretório Central de Estudantes (DCE).
A estudante do curso de Ciências Sociais, Kamilly Vitória Gomes explica que almoça no Restaurante Universitário desde abril. Ela afirma que consumir a comida do restaurante se tornou uma prática inviável após o aumento no valor da refeição e que foi convidada a se retirar do refeitório enquanto comia seu almoço caseiro, armazenado em uma marmita. A estudante afirma que a nova proibição afeta sua permanência na UFMS. “Eu não prefiro almoçar marmita, mas é o que cabe no bolso. Eu preciso ficar na faculdade o dia inteiro. De alguma forma eu preciso me alimentar, e as marmitas são uma opção mais barata”.