UFMS

Estudantes produzem carregador sem fio de bateria

O protótipo faz parte do Internacional Future Energy Challenge, IFEC, que busca inovações tecnológicas em energia elétrica

Layane Karrú e Letícia Ávila21/06/2015 - 20h01
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Alunos de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, desenvolvem um protótipo de carregamento de bateria de carros elétricos via wireless, ou seja, sem fio. O projeto participa de uma competição internacional e investe em inovações tecnológicas para a recarga de bateria de carros elétricos,  solução para a escassez dos combustíveis derivados do petróleo.

O projeto participa do International Future Energy Challenge, IFEC, uma competição internacional que promove pesquisas e projetos inovadores em energia elétrica. A equipe, formada por 15 alunos de Engenharia Elétrica, começou a desenvolver o protótipo em setembro do ano passado. Na edição deste ano, os alunos da UFMS são os únicos representantes da América do Sul a chegar na fase final da competição que será realizada em julho, nos Estados Unidos.

Projeto conta com 15 estudantes de Engenharia Elétrica

De acordo com o estudante do quinto semestre de Engenharia Elétrica, Caio Moraes, o projeto consiste num carregador de bateria sem fio para carro elétrico. “O carro vai ser carregado sem ter nenhuma conexão na tomada. A gente tem uma bobina transmissora e uma bobina receptora, sendo que a receptora vai ficar no carro e a transmissora no chão”. Com o alinhamento das bobinas, a bateria do carro será recarregada por indução eletromagnética. Segundo Moraes, o carregamento sem fio de celulares existe e essa tecnologia pode ser adequada ao cotidiano das pessoas no futuro. “Imagina se a gente conseguir fazer isso na casa inteira, onde nenhum aparelho eletrônico precisará de fio”.

O professor de Engenharia Elétrica, Ruben Barros Godoy, um dos coordenadores do projeto, afirma que pela escassez e pelos problemas com os combustíveis derivados do petróleo, é cada vez mais necessário investir em soluções de energia. “O carro elétrico ainda passa pelo problema de autonomia, mas esse tipo de equipamento que estamos desenvolvendo vai viabilizar o uso dos carros elétricos. O carregamento da bateria vai poder ser feito tanto com o carro parado, em casa, quanto andando”.

Segundo Godoy, a experiência de desenvolver o protótipo incide diretamente na formação acadêmica e profissional dos participantes, os alunos precisam desenvolver não apenas teoria e também a prática, e o trabalho de equipe. “O projeto abrange tanto conhecimento técnico quanto teórico. Eles precisam montar, construir, testar, verificar variáveis que não são previstas dentro de uma sala de aula”. Ele reforça que o diferencial é que o time não está focado em criar apenas um protótipo e sim um produto final. “Eles estão trabalhando para o mercado”.

Para o estudante de Engenharia Elétrica, Cássio Rezende, uma das dificuldades do projeto é a fundamentação teórica. “Os conceitos são bem complicados. São vários estágios e o mais difícil é fazer com que tudo funcione adequadamente”. Segundo o estudante Hugo Bertolassi, o projeto não tem vínculo com qualquer departamento da Universidade e precisa de patrocínio. “Um dos problemas que a gente tem, hoje, é tanto a questão de recurso pra comprar material que a gente usa no projeto, quanto pra conseguir bancar a passagem e a viagem de alguns acadêmicos”. De acordo com Rezende, o Laboratório de Inteligência Artificial, Eletrônica de Potência e Eletrônica Digital, conhecido como BATLAB, cedeu os recursos, pois o grupo não tem ajuda externa. 

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