O Lago do Amor, localizado na Reserva Natural da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e considerado um dos cartões postais de Campo Grande, corre o risco de desaparecer por consequência da urbanização acelerada no entorno dos córregos Cabaça e Bandeira, e do assoreamento do lago do Rádio Clube Campo, no bairro Coopharádio. O assoreamento do Lago do Amor criou uma “grande praia”, característico desse problema. Segundo o engenheiro ambiental da Anambi Ambiental, Thiago Farias Duarte, a sedimentação começa a reduzir a área do lago e, consequentemente, o seu tempo de vida útil. Duarte defende a adoção de medidas emergenciais para recuperar a represa criada nos anos 70 do século passado pela UFMS. A principal medida sugerida pelo engenheiro ambiental é a dragagem do lago para a retirada dos sedimentos que foram carregados para dentro do curso dos dois córregos.
A UFMS, pode ser multada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) pelo descaso com o lago. A instituição foi multada uma vez pela proliferação de plantas aquáticas dentro do lago em decorrência da poluição ambiental. Além disso, a urbanização no entorno agrava os danos ambientais na represa dentro da reserva natural da UFMS.
Um residencial está em processo de construção construído ao lado da reserva, o que deve elevar a ocupação humana e o tráfego de veículos na região. Umas das medidas para diminuir o impacto no assoreamento foi a recuperação da área próxima a Rua Spipe Calarge. Outra solução viável é a criação de áreas permeáveis para reduzir a quantidade de água da chuva que é carregada para as áreas de fundo de vale dos córregos Cabaça e Bandeira, que desaguam no Lago Amor.