EDUCAÇÃO

População protesta contra cortes de verbas na educação pública pelo Governo Federal

População, estudantes, técnicos e professores se reuniram contra os cortes na Educação e contra as políticas de Saúde do atual governo em frente a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Clara Farias, Maria Eduarda Boin, Raissa Quinhonez29/05/2021 - 20h41
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População, estudantes, técnicos, professores e servidores se reuniram na manhã do último dia 29 de maio em adesão às manifestações que ocorreram em todo o país contra o governo de Jair Bolsonaro. A concentração ocorreu às 8h00 em frente ao portão 2 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na avenida Costa e Silva. Máscaras de proteção PFF2 foram distribuídas aos manifestantes e o ato seguiu os protocolos de biossegurança, devido aos riscos de contágio pela Covid-19.

A manifestação recebeu o nome de “Tira Mão da Educação” e foi pautada pelos cortes no ministério da Educação, na vacinação para todos e o pedido da saída de Jair Bolsonaro da presidência da República. Depois da passeata, os manifestantes colocaram no gramado em frente a UFMS cruzes brancas em memória às vidas perdidas durante a pandemia. A manifestação teve a participação de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sista-MS), Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e a Associação de Docentes da UFMS (Adufms). 

O corte no orçamento das universidades e institutos federais foi de 18%, referente ao ano passado, o que representa R$17,5 milhões a menos no orçamento da UFMS. Essa redução reflete nos gastos de custeio da Universidade, como despesas com água, energia, esgoto, segurança, assistência estudantil e em projetos de pesquisa e extensão. Segundo a assessora de Comunicação da UFMS, Vanessa Amin a Universidade vai rever os contratos e despesas para priorizar as atividades essenciais. 

Para a estudante do curso de Pedagogia e membro do coletivo RUA_ Juventude Anticapitalista, Eduarda Vargas "a Universidade tenta transparecer que está tudo sob controle, mas os estudantes que estagiavam na UFMS tiveram seus contratos encerrados por conta de verba orçamentária". Ressaltou Eduarda Vargas que  “não podemos aceitar que uma universidade com mais de 23 mil estudantes e que possui um Hospital Universitário essencial no atendimento e combate ao COVID-19 tenha que rever os contratos para decidir o que é essencial. A educação como um todo é extremamente essencial.” 

A presidente da juventude socialista do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Mato Grosso do Sul, professora Isabelle Ramos participou da organização da manifestação. Segundo a professora, o movimento partiu da união de diversos setores como os estudantes e trabalhadores. “Nós entendemos que o movimento não deveria ser apenas um ato partidário ou pertencente a alguma entidade. Neste momento é necessário que todos nós estejamos juntos para reivindicar melhorias e os nossos direitos.”

Primeira Notícia · Isabelle Ramos ressalta a importância da manifestação

Para o estudante do curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco, Jean Ferreira é preciso lutar contra o negacionismo do governo federal durante a pandemia. Ferreira ressalta a necessidade de movimentos como este para assegurar o funcionamento do ensino público e pesquisas no país. “Os cortes afetam diretamente o funcionamento das instituições públicas e as bolsas de pesquisas logo neste momento em que mais precisamos da ciência”. 
 

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