UFMS

Cantinas são removidas na UFMS

Falta de licitação e ocupação ilegal causam remoção das cantinas no corredor central

Fernanda Palheta e Juliana Barros 8/09/2014 - 09h24
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A Pró-reitoria de Infraestrutura, PROINFRA, fez a remoção de duas das quatro cantinas do corredor central da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, durante o mês de julho deste ano. O contrato terminou em 2013 e o proprietário permaneceu de forma irregular na Universidade. De acordo com a lei 8.666/93 as cantinas não poderiam permanecer no espaço, o contrato iniciado em 2008 com vigência de cinco anos, sem prorrogação, acabou em outubro de 2013. A empresa desocupou o espaço, mas em janeiro deste ano voltaram ao local, a UFMS entrou com processo no Tribunal de Contas da União, TCU para desativá-las.

O coordenador de Operações de Atendimento à Comunidade da PROINFRA, João Jair Sartorelo explicou que “quando questionadas porque estavam voltando, antigos donos afirmaram que tinham uma liminar para permanecer no imóvel, documento que não apresentaram até hoje”.

Para os estudantes que ficam na UFMS por mais de um período as cantinas são uma alternativa para alimentação. A acadêmica de História, Talita Sobrinho explica que as atividades na universidade não se resumem ao período do curso “nunca ficamos presos a nossa grade de horário, a gente vem na coordenação, almoçamos aqui, tem projetos, iniciações, movimento estudantil, sempre tem envolvimento”.

Os acadêmicos não sabem o motivo da remoção e os projetos da Universidade que não se posicionou desde a volta às aulas. O acadêmico de Economia, Renan Araujo questiona a falta de informação, “estamos ficando cada vez mais sem opções. Não sabemos de quem são os interesses, se vai abrir em algum outro lugar, a gente só sabe que os estudantes não foram consultados”.

Projeto de Cantina

Uma pesquisa realizada pela Comissão responsável do relatório técnico sobre a qualidade de serviços, condições e produtos oferecidos nas cantinas da Universidade apontou, em 2013, resultado pouco satisfatório para os usuários. As cantinas não tinham condições mínimas de funcionamento, com irregularidade no tamanho do espaço.

Para suprir as necessidades do campus foram propostos projeto para três novas cantinas, no corredor central do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), no bloco sete e próxima a Faculdade de Odontologia (FAODO). Com base nos dados do relatório o novo modelo de cantina terá área de 67 metros² para se adequar às condições de uso.

Para o representante do Diretório Central dos Estudantes, DCE, Matheus Carneiro, o que preocupa é a falta de participação dos acadêmicos no processo. “Fomos pegos de surpresa com a derrubada das cantinas, porque não sabíamos o que estava acontecendo com as licitações. A administração da nossa universidade não consegue garantir que os estudantes tenham acesso às informações e participação”.

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