Projeto de Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Campo Grande possibilita que pessoas da terceira idade cursem até duas disciplinas de graduação. O objetivo é oferecer aprofundamento ou atualização de conhecimentos em alguma área profissional de seu interesse e proporcionar, também, a troca de informações e experiências com os jovens na universidade.
O projeto está inserido no Programa de Promoção dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa constituído em 2010 pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PREAE), para participar é preciso que a pessoa tenha o ensino médio completo. No final de cada semestre receberão um certificado de participação e notas das disciplinas cursadas, o que permite, posteriormente, se matricular em outros cursos.
Os participantes do projeto esclarecem que, mesmo com algumas dificuldades em acompanhar o desenvolvimento das disciplinas, a satisfação da oportunidade em poder voltar para a sala de aula, a experiência com os acadêmicos e em adquirir informações é um estímulo para continuar.
De acordo com o coordenador, Eduardo Ramirez Meza, neste primeiro semestre apenas Campo Grande oferece vagas nos cursos de graduação, a expectativa é de ampliar o alcance do projeto a todos os campus da UFMS a partir do segundo semestre de 2015.
Foram oferecidas 155 vagas em disciplinas nas áreas de Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Humanas, Linguística, Letras e Artes.
Debate do projeto
O primeiro grupo de alunos a participar do projeto de inclusão e os coordenadores da ação, Eduardo Ramirez Meza e Suzi Rosa Miziara, realizaram um debate que permitiu aos participantes esclarecer dúvidas, apresentar propostas de melhoria no projeto e ainda ressaltar a importância da presença e a participação nas avaliações propostas pelos professores.
Os coordenadores ressaltaram também a importância dos alunos participarem de projetos voltados a terceira idade que a instituição oferece, como ações que priorizam a saúde e a inserção social para aproximar a universidade da comunidade.
O Brasil enfrenta um envelhecimento populacional crescente e acelerado. Segundo o IBGE são mais de 21 milhões de pessoas idosas no país, em Mato Grosso do Sul vivem cerca de 240 mil pessoas idosas e em Campo Grande por volta de 80 mil.