A professora do curso de Medicina da UFMS, Roberta Kwiatkoski afirma que todos os cursos da área da saúde são prejudicados pela falta de corpos para estudo. “Têm cursos da área da saúde que não tem mais peças com corpos orgânicos para privilegiar cursos que a gente entende que tem maior necessidade do estudo da anatomia, têm cursos que tem aula só com material sintético para privilegiar cursos como Medicina, Fisioterapia, Odontologia que tem maior intervenção no corpo humano. O curso de Medicina está sendo bastante prejudicado. Primeiro que eles não estão vendo todas as estruturas. Eles não podem tocar nas peças. Outra coisa comum no curso é que os alunos dissequem, isso na universidade não existe faz um tempo, porque não existe corpos nem para a aula, então quem dirá para dissecar”.
As acadêmicas do curso de Medicina da UFMS, Thaís Carvalho e Yasmin Borges tem opiniões semelhantes a respeito do Programa de Doação de Corpos e em qual estado de conservação os corpos utilizados para estudo estão. Thaís Carvalho afirma que há uma restrição imposta pelo Laboratório de Anatomia Humana (LAH) para preservar os antigos corpos que estão em uso e que isto afeta a qualidade da formação no curso. "Às vezes nem mesmo os crânios a gente pode manipular e são ossos. Deveria ser o mínimo para a gente aprender a ter esse contato com a prática, mas se torna muito difícil porquê como muitas pessoas deixam cair, quebrar e tá faltando muita coisa a gente não pode ter contato". A acadêmica de Medicina, Yasmin Borges diz que os professores e alunos recorrem recursos virtuais para suprir a falta de manuseio. Ela destaca que "temos que ver no iPad, nos livros porquê não tem nos corpos, só em peça sintética".